Num despacho publicado ontem em Diário da República, o Governo autoriza que as obras de construção do novo troço da Circular Regional Interna de Lisboa (CRIL), entre a Buraca e a Pontinha, não tenha de respeitar os limites máximos de ruído previstos na lei, podendo avançar sem quaisquer restrições das 7h às 20h e das 8h às 20h durante os fins-de-semana.
O Executivo invoca o “manifesto interesse público” do novo sublanço de 3,5 quilómetros para justificar a excepção à lei, argumentando que “a conclusão deste troço vai contribuir de forma decisiva para a melhoria do tráfego na área metropolitana de Lisboa”. Para o Governo, a Segunda Circular - actualmente com um “serviço altamente deficiente” e com “índices de sinistralidade muito elevados” - poderá vir a ser o eixo rodoviário mais beneficiado, se perder para a nova via cerca de 40 mil veículos diários.
Mas a explicação ministerial deixa revoltados os moradores das zonas afectadas pelo novo troço, para quem a atitude do Governo espelha apenas uma “postura eleitoralista” que nada acrescenta ao bem-estar das populações, pois “querem fazer as obras a todo o vapor antes das eleições legislativas e não medem consequências”, acusa o porta-voz da Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica, questionando de seguida “que interesse público é esse que se sobrepõe ao direito à saúde, à propriedade e à qualidade de vida das pessoas?”.
A decisão de isentar as obras na CRIL do cumprimento dos níveis máximos de ruído vem, por isso, atiçar mais ainda o descontentamento dos moradores, que defendem que o troço da CRIL desrespeita a Declaração de Impacte Ambiental, ao “esventrar” e “vaporizar com gases de 120 mil veículos diários” bairros habitados por milhares de pessoas. Para os moradores, o traçado deveria estender-se por terrenos desocupados da Amadora, evitando zonas densamente povoadas 1.
Em resposta a todos estes alertas e críticas, o próprio presidente da CML chegou mesmo a admitir que a autarquia teria “negociado mal” a CRIL 2.
Ontem, os moradores continuavam a temer o início da demolição das oito casas interceptadas pela via que o Governo pretende concluir em 2009. Quanto à empresa Estradas de Portugal, esta garantiu que as demolições decorrerão “em tempo oportuno”, não as descartando e adiantando que, para já, serão de imediato destruídos os respectivos logradouros 1.
Recorda-se que “Os Verdes” entregaram no Parlamento diversos requerimentos e perguntas aos Ministérios do Ambiente e das Obras Públicas, para as quais tardam as respectivas respostas do Governo 3.
O Executivo invoca o “manifesto interesse público” do novo sublanço de 3,5 quilómetros para justificar a excepção à lei, argumentando que “a conclusão deste troço vai contribuir de forma decisiva para a melhoria do tráfego na área metropolitana de Lisboa”. Para o Governo, a Segunda Circular - actualmente com um “serviço altamente deficiente” e com “índices de sinistralidade muito elevados” - poderá vir a ser o eixo rodoviário mais beneficiado, se perder para a nova via cerca de 40 mil veículos diários.
Mas a explicação ministerial deixa revoltados os moradores das zonas afectadas pelo novo troço, para quem a atitude do Governo espelha apenas uma “postura eleitoralista” que nada acrescenta ao bem-estar das populações, pois “querem fazer as obras a todo o vapor antes das eleições legislativas e não medem consequências”, acusa o porta-voz da Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica, questionando de seguida “que interesse público é esse que se sobrepõe ao direito à saúde, à propriedade e à qualidade de vida das pessoas?”.
A decisão de isentar as obras na CRIL do cumprimento dos níveis máximos de ruído vem, por isso, atiçar mais ainda o descontentamento dos moradores, que defendem que o troço da CRIL desrespeita a Declaração de Impacte Ambiental, ao “esventrar” e “vaporizar com gases de 120 mil veículos diários” bairros habitados por milhares de pessoas. Para os moradores, o traçado deveria estender-se por terrenos desocupados da Amadora, evitando zonas densamente povoadas 1.
Em resposta a todos estes alertas e críticas, o próprio presidente da CML chegou mesmo a admitir que a autarquia teria “negociado mal” a CRIL 2.
Ontem, os moradores continuavam a temer o início da demolição das oito casas interceptadas pela via que o Governo pretende concluir em 2009. Quanto à empresa Estradas de Portugal, esta garantiu que as demolições decorrerão “em tempo oportuno”, não as descartando e adiantando que, para já, serão de imediato destruídos os respectivos logradouros 1.
Recorda-se que “Os Verdes” entregaram no Parlamento diversos requerimentos e perguntas aos Ministérios do Ambiente e das Obras Públicas, para as quais tardam as respectivas respostas do Governo 3.
1. Ver http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20080819%26page%3D15%26c%3DA
2. Ver http://cdulumiar.blogs.sapo.pt/242620.html
3. Ver http://osverdesemlisboa.blogspot.com/2008/06/cril-avana-com-obras-ilegais.html
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