13/12/2007

Carro eléctrico

Quem não conhece dirá que se trata de um carro fantasma. Pelo contrário, doentes e pessoal médico de um Hospital já não se perdem com questões esotéricas sempre que se cruzam com um veículo a circular sem condutor.
O veículo, que nasceu de uma adaptação do projecto Cybermove, foi equipado pelo Laboratório de Automática e Sistemas do Instituto Pedro Nunes (IPN) com ultra-sons, RFID e baterias eléctricas. “Este conceito pode ser utilizado para criar um transporte público porta a porta, mas antes disso, há que sensibilizar a opinião pública e desenvolver tecnologias. Daí que estejamos a testar o Cybercar em parques temáticos e locais como este hospital”, comenta o director-adjunto do Laboratório do IPN, entidade criada pela Universidade de Coimbra para fazer a “ponte” com o mundo empresarial.
Foi um convite do Hospital Rovisco Pais que esteve na origem do mais recente ensaio do Cybercar. Durante dois dias, estes “carros-de-golfe” equipados com tecnologias de localização, detecção de obstáculos e microcontroladores serviram de meio de transporte para profissionais e pacientes de um Hospital que, além de ter várias unidades que distam centenas de metros entre si, é especializado no tratamento de maleitas que afectam a locomoção.
Para se deslocar, o Cybercar segue vias constituídas por cabos eléctricos instalados no solo. O Cybercar está equipado com um motor eléctrico que é alimentado por uma bateria. A bateria pode ser carregada com ligações à rede eléctrica de 230 volts (o carregamento demora seis horas) ou através de tomadas trifásicas (carregamento em meia hora). A bateria tem uma autonomia de quatro horas de locomoção ininterrupta e o automóvel circula a um máximo de 10 quilómetros/hora.
O carro dispõe de sensores de ultra-sons (radares) que permitem detectar obstáculos a um máximo de 10 metros de distância. Sempre que detecta um obstáculo imóvel na pista, o veículo pára por razões de segurança. O mesmo se passa sempre que um passageiro abre uma das portas ou pressiona o botão de emergência. Numa versão futura, prevê-se a instalação de sistemas laser que permitam caracterizar eventuais obstáculos (se são móveis, seres vivos ou objectos).
Mesmo sem condutor, o Cybercar evita colisões com pessoas e obstáculos, pelo que já há quem esteja em pensar levar este veículo inteligente e não poluente para circulação nas cidades.

2 comentários:

Anónimo disse...

"não poluente"?
Afinal a electricidade não polui?
Vou deitar as lâmpadas economizadores fora, deixar de poupar no aquecimento, deixar de cortar nas máquinas, etc...

:)

Lynx disse...

Não poluente a nivel local obviamente. Ainda assim menos poluente pois uma fatia significativa da energia fornecida pela rede eléctrica já provém de fontes renováveis. Já para não falar da eficiência.... ( muito superior )