O novo roteiro climático, que começou a ser negociado durante a Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, em Bali, “pode ser para os países em desenvolvimento um desastre análogo ao reajustamento estrutural”. Quem o afirma é um economista malaio que alertou que as medidas para reduzir as emissões poluentes podem significar para os países em desenvolvimento um ‘desastre’ ainda maior do que as próprias alterações climáticas.
“Os países do Sul tiveram o desastre do desenvolvimento, têm agora o desastre das alterações climáticas e correm o risco de sofrer um desastre criado pelas próprias medidas para reduzir as emissões de gases” que lhes querem impor.
O economista malaio, director da Rede do Terceiro Mundo (TWN), com sede em Penang, Malásia, analisou as consequências das diferentes medidas de redução de emissões propostas, em geral, pelos países desenvolvidos.
“O Sul ainda não poluiu o suficiente para ter as infraestruturas, as estradas, a indústria, o conhecimento, a tecnologia, a capacidade, os recursos financeiros, tudo o que possibilita ao Norte enfrentar o desafio da redução e que foi obtido… poluindo até chegarmos ao cenário global actual”.
Neste contexto, “o remédio pode causar um mal maior do que o problema em si já está a causar”, declarou o economista malaio numa das apresentações mais aguardadas na agenda de eventos paralelos à 13ª Conferência Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC).
Para o economista, mesmo permitindo um aumento de emissões poluentes nos países do Sul nos próximos anos, não será justo forçar as nações menos desenvolvidos a reduzir drasticamente ao nível global pretendido. “Talvez o Norte esteja disposto a mudar de vida, mas no Sul a situação corresponde a forçar a uma mudança de dieta alguém que tem a barriga vazia”.
O técnico comparou mesmo o impacto do roteiro climático que os países desenvolvidos pretendem impor aos programas de reajustamento estrutural promovidos na generalidade do Terceiro Mundo pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial, após o primeiro choque petrolífero, com o qual “a solução da dívida foi pior que a (própria) dívida”, pois “no ajustamento estrutural, o devedor pagava tudo e o credor contribuía (com) nada”.
A proposta do economista malaio é estender às medidas de redução de emissões à promoção de um patamar mínimo de desenvolvimento humano. Por outras palavras, os países ricos que paguem a sua própria crise.
“Os países do Sul tiveram o desastre do desenvolvimento, têm agora o desastre das alterações climáticas e correm o risco de sofrer um desastre criado pelas próprias medidas para reduzir as emissões de gases” que lhes querem impor.
O economista malaio, director da Rede do Terceiro Mundo (TWN), com sede em Penang, Malásia, analisou as consequências das diferentes medidas de redução de emissões propostas, em geral, pelos países desenvolvidos.
“O Sul ainda não poluiu o suficiente para ter as infraestruturas, as estradas, a indústria, o conhecimento, a tecnologia, a capacidade, os recursos financeiros, tudo o que possibilita ao Norte enfrentar o desafio da redução e que foi obtido… poluindo até chegarmos ao cenário global actual”.
Neste contexto, “o remédio pode causar um mal maior do que o problema em si já está a causar”, declarou o economista malaio numa das apresentações mais aguardadas na agenda de eventos paralelos à 13ª Conferência Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC).
Para o economista, mesmo permitindo um aumento de emissões poluentes nos países do Sul nos próximos anos, não será justo forçar as nações menos desenvolvidos a reduzir drasticamente ao nível global pretendido. “Talvez o Norte esteja disposto a mudar de vida, mas no Sul a situação corresponde a forçar a uma mudança de dieta alguém que tem a barriga vazia”.
O técnico comparou mesmo o impacto do roteiro climático que os países desenvolvidos pretendem impor aos programas de reajustamento estrutural promovidos na generalidade do Terceiro Mundo pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial, após o primeiro choque petrolífero, com o qual “a solução da dívida foi pior que a (própria) dívida”, pois “no ajustamento estrutural, o devedor pagava tudo e o credor contribuía (com) nada”.
A proposta do economista malaio é estender às medidas de redução de emissões à promoção de um patamar mínimo de desenvolvimento humano. Por outras palavras, os países ricos que paguem a sua própria crise.
Ver Lusa doc. nº 7775740, 05/12/2007 - 11:47
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