03/12/2007

Quanto custa a defesa do ambiente?

Nos próximos cinco anos, Portugal poderá ter de gastar até 348 milhões de euros para cumprir o Protocolo de Quioto.
O que está errado em todo este processo é que este montante, disponibilizado pelo fundo de carbono, será utilizado na compra de direitos de poluição que compensarão o excesso de emissões de CO2 produzidas pelos portugueses neste período 1.
Trata-se de um esforço financeiro que custará a cada português cerca de 35 euros. Pode parecer pouco, mas não chega para inverter a tendência destrutiva global que ameaça o ambiente. Depois de anos de apelos e campanhas de sensibilização, a nossa ‘carteira’ foi identificada como a única e derradeira forma de estimular a protecção do ambiente.
Assim, os próximos anos serão de aumentos significativos no que aos recursos naturais diz respeito. O objectivo da União Europeia é que se consuma menos água, quando quem a utiliza passar a pagar, além do custo real, o custo ambiental; que se produza menos lixo, quando a taxa de resíduos começar a reflectir o real custo do seu tratamento, cada vez mais complexo.
Para o ano, o Orçamento do Estado prevê já que 60% do valor do imposto automóvel seja calculado consoante as emissões poluentes do veículo, pagando mais os que mais poluem. Mas, nesta matéria, o dinheiro apenas ajuda a limitar os estragos ambientais, porque muitos são irreversíveis.
Por isso, é incompreensível que tal nos tenha de ser imposto à força, e com novos sacrifícios económicos para as famílias, quando se podiam evitar ou, pelo menos, minimizar, se todos se empenhassem a fundo na defesa do ambiente. Mas nunca é tarde de mais para começar 2.

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