31/12/2007

Uma lista (quase) interminável de aumentos

O custo da matéria-prima, o aumento da procura e a subida de impostos fazem aumentar a factura de compras dos portugueses em 2008. Quando se pedem explicações sobre o aumento do preço dos bens alimentares, essenciais ou não, a palavra repete-se. É devido ao custo elevado da matéria-prima que o pão, o leite, os ovos, as massas e o arroz têm, todos os anos, subidas garantidas, que se têm acentuado.
A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) estima que em 2008 os portugueses pagarão entre 5 a 10% a mais pelos chamados produtos industriais (onde se incluem todos os exemplo citados, excepto o pão que vai sofrer um aumento de 30%.
Este ano os aumentos já foram progressivos e a tendência é para manter, não se ficando pelas prateleiras dos supermercados. Dentro de casa, cada vez que ligar o interruptor vai estar a pagar, em média, mais 2,9% de electricidade. A par da luz, a conta do gás natural também aumenta para clientes domésticos e pequenas e médias indústrias: entre 1,2 a 5,96%. Os aumentos do gás propano canalizado e de garrafa rondam os 4,3 e os 5,2% no valor cobrado por metro cúbico consumido.
Já a água teve uma estimativa de aumento de 0,3% neste ano que agora finda, e o Instituto Regulador de Águas e Resíduos ainda não disse quanto é, para o próximo ano, a subida prevista.
As portagens sobem 2,6%. E quando os portugueses comprarem o bilhete de autocarro, comboio e metro pagarão mais 3,9%, uma subida de 1,8% face ao valor de aumento estipulado pelo Governo no corrente ano. Os fumadores, para além de uma nova lei, recebem no próximo ano preços médios 10% mais elevados nas marcas populares. Sobem ainda o bilhete de cinema, logo no primeiro trimestre, e os novos preços das telecomunicações e correios entram em vigor habitualmente em Março/Maio.
Boas notícias para 2008? Pela amostra desta interminável lista, poucas ou nenhumas.

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