As alterações do clima devido à emissão de gases com efeito de estufa estão já bastante estudadas e há modelos que permitem fazer previsões com alguma segurança. Curiosamente, o que se conhece menos bem são os efeitos que isso poderá provocar nas sociedades humanas.
Um novo estudo do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS, na sigla em língua inglesa), permite desenhar três cenários planetários, à distância de uma geração. O trabalho parte de três aumentos de temperatura aceites nos modelos científicos e tenta identificar a respectiva evolução geopolítica, retirando lições de política externa e de segurança.
Segundo os autores do estudo do CSIS, não há modelos que permitam saber com exactidão se estes acontecimentos ocorrerão mesmo, caso o aumento de temperatura global seja aquele, mas há trabalhos disponíveis sobre os efeitos do stress ambiental em sociedades humanas: os casos clássicos dos Maias ou da Ilha da Páscoa são exemplos muito estudados.
Mas algumas projecções do CSIS são alarmantes. Como a de crescimento económico, por exemplo.
Com estimativas muito baixas de crescimento anual (de PIB e de população), os autores chegaram a um aumento de dez vezes nas emissões de dióxido de carbono em 2100, caso não haja novas fontes de energia. As fronteiras poderão ser dramaticamente alteradas. Em 2050, a Rússia terá 100 milhões de habitantes, um terço dos quais muçulmanos. A pressão da China e dos países vizinhos sobre o imenso território vazio será tremenda.
Prevê-se que um terço da população mundial terá falta de água e que haverá milhões em risco de fome, caso as colheitas falhem. Os autores esperam, por isso, terrorismo em larga escala, devido ao desespero de países com crescimentos demográficos insustentáveis 1.
Pelo que, não apenas por motivos ambientais, mas também económico-sociais e políticos, a problemática das alterações climáticas deve ser levada bem a sério.
Um novo estudo do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS, na sigla em língua inglesa), permite desenhar três cenários planetários, à distância de uma geração. O trabalho parte de três aumentos de temperatura aceites nos modelos científicos e tenta identificar a respectiva evolução geopolítica, retirando lições de política externa e de segurança.
Segundo os autores do estudo do CSIS, não há modelos que permitam saber com exactidão se estes acontecimentos ocorrerão mesmo, caso o aumento de temperatura global seja aquele, mas há trabalhos disponíveis sobre os efeitos do stress ambiental em sociedades humanas: os casos clássicos dos Maias ou da Ilha da Páscoa são exemplos muito estudados.
Mas algumas projecções do CSIS são alarmantes. Como a de crescimento económico, por exemplo.
Com estimativas muito baixas de crescimento anual (de PIB e de população), os autores chegaram a um aumento de dez vezes nas emissões de dióxido de carbono em 2100, caso não haja novas fontes de energia. As fronteiras poderão ser dramaticamente alteradas. Em 2050, a Rússia terá 100 milhões de habitantes, um terço dos quais muçulmanos. A pressão da China e dos países vizinhos sobre o imenso território vazio será tremenda.
Prevê-se que um terço da população mundial terá falta de água e que haverá milhões em risco de fome, caso as colheitas falhem. Os autores esperam, por isso, terrorismo em larga escala, devido ao desespero de países com crescimentos demográficos insustentáveis 1.
Pelo que, não apenas por motivos ambientais, mas também económico-sociais e políticos, a problemática das alterações climáticas deve ser levada bem a sério.
Sem comentários:
Enviar um comentário