20/11/2007

Riscos ambientais

Para além da violência e dos acidentes, os maiores medos dos portugueses, à excepção dos desastres, são riscos involuntários, como os riscos ambientais, o que “aumenta a sensação de vulnerabilidade”, revela um estudo sobre os portugueses e os novos riscos.
Ser vítima de um assalto, de agressão e de homicídio ou até da guerra e do terrorismo está no topo das preocupações da população portuguesa, medos que são referidos por 24% das pessoas. Mas, segundo duas investigadoras do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, os riscos ambientais são também uma questão central, já que 21% dos inquiridos o salientam.
“Num contexto em que a noção de risco é invocada nas mais diversas situações, os problemas ambientais estão entre os mais imediatamente mencionados”, dizem as sociólogas. São estes os novos riscos das sociedades actuais e, em Portugal, assumem particular destaque os receios face aos incêndios florestais e à poluição.
Num inquérito realizado em 2003 no âmbito do programa Observa, Ambiente, Sociedade e Opinião Pública, 69% dos inquiridos disseram recear sobretudo os incêndios. No que respeita aos riscos globais, 72% estão preocupados com a destruição da camada de ozono. As alterações climáticas são referidas por 40%.
No entanto, apesar da gravidade atribuída aos riscos ambientais, as pessoas pouco fazem para alterar a situação. Pouco mais de metade procura informação sobre estas matérias na comunicação social e “a participação em acções de protesto regista taxas muito baixas”.
São as camadas mais jovens e escolarizadas da população que estão mais preocupadas com o ambiente e que procuram matéria informativa. Temos futuro.

1 comentário:

E.F. disse...

E vocês acham que só em Portugal as pessoas pensam assim? E que, com Portugal pensando assim, vai haver alguma mudança? Primeiro tentem mudar nossos queridos Estados Unidos, depois conversamos.