Em caso de muita chuva, as construções abusivas nos leitos de cheias constituem o maior perigo para a segurança dos cidadãos. Por outras palavras, se hoje chovesse tanto como há 40 anos atrás - na noite de 25 de Novembro de 1967 - as cheias provocariam ainda mais estragos na região de Lisboa.
Os poderes local e central têm repetido e acumulado os mesmos erros urbanísticos cometidos no passado. “A única diferença é que, entretanto, foram criados planos municipais para salvaguardar a circulação das águas das chuvas”. O problema é que boa parte destes projectos ainda “não saiu da gaveta”.
A autarquia de Lisboa não escapa às críticas de G. R. Telles, uma vez que existe, desde 2005, mas continua sem ser aplicado, um projecto para a construção de bacias de retenção de águas ao longo do vale de Alcântara. Enquanto não forem aplicados estes planos, será possível continuar a construir nos leitos das cheias, reduzir a reserva agrícola - que graças aos seus solos orgânicos retêm mais água em caso de inundações - ou edificar junto ao litoral onde o terreno seria mais permeável às chuvas.
O problema não está por isso nas chuvas fortes que serão cada vez mais frequentes e inevitáveis num clima mediterrânico. “A questão central passa por garantir a circulação das águas tanto nos meios rurais como urbanos”.
Também um especialista em dinâmica de cheias do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa defende que a região da Grande Lisboa continua “perigosamente” vulnerável às inundações repentinas, porque as situações complicadas detectadas em 1967 não foram eliminadas. “Nestes últimos 40 anos continuou-se a construir demasiado e perigosamente nos leitos de cheias”.
Actualmente os picos de cheia serão “muito piores” porque as bacias hidrográficas da região de Lisboa apresentam um nível de impermeabilização ainda mais elevado do que há 40 anos. Significa isto que a água não se infiltra nos solos, escorrendo rapidamente para as zonas baixas das cidades. Tal como aconteceu em 1967, ou, provavelmente, ainda pior. Tudo causado por erros de planeamento urbanístico.
Os poderes local e central têm repetido e acumulado os mesmos erros urbanísticos cometidos no passado. “A única diferença é que, entretanto, foram criados planos municipais para salvaguardar a circulação das águas das chuvas”. O problema é que boa parte destes projectos ainda “não saiu da gaveta”.
A autarquia de Lisboa não escapa às críticas de G. R. Telles, uma vez que existe, desde 2005, mas continua sem ser aplicado, um projecto para a construção de bacias de retenção de águas ao longo do vale de Alcântara. Enquanto não forem aplicados estes planos, será possível continuar a construir nos leitos das cheias, reduzir a reserva agrícola - que graças aos seus solos orgânicos retêm mais água em caso de inundações - ou edificar junto ao litoral onde o terreno seria mais permeável às chuvas.
O problema não está por isso nas chuvas fortes que serão cada vez mais frequentes e inevitáveis num clima mediterrânico. “A questão central passa por garantir a circulação das águas tanto nos meios rurais como urbanos”.
Também um especialista em dinâmica de cheias do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa defende que a região da Grande Lisboa continua “perigosamente” vulnerável às inundações repentinas, porque as situações complicadas detectadas em 1967 não foram eliminadas. “Nestes últimos 40 anos continuou-se a construir demasiado e perigosamente nos leitos de cheias”.
Actualmente os picos de cheia serão “muito piores” porque as bacias hidrográficas da região de Lisboa apresentam um nível de impermeabilização ainda mais elevado do que há 40 anos. Significa isto que a água não se infiltra nos solos, escorrendo rapidamente para as zonas baixas das cidades. Tal como aconteceu em 1967, ou, provavelmente, ainda pior. Tudo causado por erros de planeamento urbanístico.
Ver http://dn.sapo.pt/2007/11/25/tema/regiao_lisboa_continua_a_merce_inund.html
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