Durante este fim de semana, decorreu em Mirandela mais um Conselho Nacional de “Os Verdes” (PEV), tendo no final sido prestado um conjunto de informações à comunicação social presente. Os conselheiros do PEV aproveitaram ainda esta passagem pelo Nordeste Transmontano para viajar na linha do Tua, contactar com entidades locais - Câmaras, Movimentos Cívicos e habitantes 1 -, e reafirmar a “estranheza” com os últimos acidentes.
O Partido Ecologista “Os Verdes” defendeu que a linha do Tua foi utilizada por perto de uma centena de pessoas por dia, em 2006, um número que quase duplicou nos meses de Verão, e que contraria os defensores do encerramento por falta de ocupação. Para o PEV, a manutenção da antiga linha-férrea está mais justificada pelo número de utilizadores do que a necessidade da construção do comboio de alta velocidade entre Portugal e Espanha.
A linha do Tua liga esta cidade transmontana à foz do rio Tua, numa zona com o mesmo nome, em que é feita a ligação à linha do Douro e ao litoral. Os cerca de 60 quilómetros são o que resta de carris no Nordeste Transmontano e o receio da sua desactivação tem surgido na região, sobretudo no último ano e meio em que ocorreram três acidentes, o mais grave em Fevereiro de 2007 com três mortos.
“Os Verdes” têm defendido a manutenção da linha, com 120 anos, pelo seu valor cultural e beleza paisagística, que a colocaram entre as mais belas vias estreitas do mundo. A contestação dos defensores tem subido de tom depois da aprovação da construção da barragem de Foz Tua, que vai submergir os últimos quilómetros da linha e cortar a ligação ao restante caminho-de-ferro nacional.
Os turistas são quem mais viaja nesta linha, nos meses de Verão, enquanto que no resto do ano o transporte feito pelo Metropolitano de Superfície de Mirandela ao serviço da CP, é mais utilizado por habitantes das aldeias vizinhas da linha.
Segundo dados divulgados por “Os Verdes”, em 2006 viajaram na linha do Tua quase 42 mil pessoas. A média diária foi de 96 passageiros, entre os meses de Outubro e Junho, e de 175, entre Junho e Setembro. “E consegue esta procura, apesar da falta de condições e de melhores condições de segurança e horários”, afirmou a dirigente partidária.
Parte da linha esteve encerrada durante quase um ano depois do desabamento de pedras que provocou o descarrilamento e queda de uma carruagem por uma ravina de 60 metros, em Fevereiro de 2007, matando três pessoas. Pouco tempo depois de reabrir, um novo aluimento de terras sobre uma Dresina (veículo de segurança) feriu dois funcionários e provocou novo encerramento.
Menos de quinze dias depois da reabertura, a 6 de Junho, no mesmo local, uma carruagem do Metro descarrilou e tombou para a berma da encosta, fazendo dois feridos ligeiros, sem que até agora se conheça motivo aparente para o acidente.
“Os Verdes” vão agora usar o seu direito potestativo, na Assembleia da República, para obrigar o ministro a ir à Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações prestar esclarecimentos sobre as causas dos acidentes, as intervenções de reposição da linha e as medidas de segurança implementadas.
“Como é possível que os acidentes continuem a acontecer quando andam três entidades a vigiar e a fazer investimentos na linha”, questionou, referindo-se à REFER, proprietária, ao LNEC, responsável pelos estudos, e ao Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), entidade supervisora.
Apesar de tudo, “será que o TGV entre Lisboa e Madrid vai transportar tantos passageiros?”, perguntou a dirigente Manuela Cunha, no final do Conselho Nacional do PEV 2.
O Partido Ecologista “Os Verdes” defendeu que a linha do Tua foi utilizada por perto de uma centena de pessoas por dia, em 2006, um número que quase duplicou nos meses de Verão, e que contraria os defensores do encerramento por falta de ocupação. Para o PEV, a manutenção da antiga linha-férrea está mais justificada pelo número de utilizadores do que a necessidade da construção do comboio de alta velocidade entre Portugal e Espanha.
A linha do Tua liga esta cidade transmontana à foz do rio Tua, numa zona com o mesmo nome, em que é feita a ligação à linha do Douro e ao litoral. Os cerca de 60 quilómetros são o que resta de carris no Nordeste Transmontano e o receio da sua desactivação tem surgido na região, sobretudo no último ano e meio em que ocorreram três acidentes, o mais grave em Fevereiro de 2007 com três mortos.
“Os Verdes” têm defendido a manutenção da linha, com 120 anos, pelo seu valor cultural e beleza paisagística, que a colocaram entre as mais belas vias estreitas do mundo. A contestação dos defensores tem subido de tom depois da aprovação da construção da barragem de Foz Tua, que vai submergir os últimos quilómetros da linha e cortar a ligação ao restante caminho-de-ferro nacional.
Os turistas são quem mais viaja nesta linha, nos meses de Verão, enquanto que no resto do ano o transporte feito pelo Metropolitano de Superfície de Mirandela ao serviço da CP, é mais utilizado por habitantes das aldeias vizinhas da linha.
Segundo dados divulgados por “Os Verdes”, em 2006 viajaram na linha do Tua quase 42 mil pessoas. A média diária foi de 96 passageiros, entre os meses de Outubro e Junho, e de 175, entre Junho e Setembro. “E consegue esta procura, apesar da falta de condições e de melhores condições de segurança e horários”, afirmou a dirigente partidária.
Parte da linha esteve encerrada durante quase um ano depois do desabamento de pedras que provocou o descarrilamento e queda de uma carruagem por uma ravina de 60 metros, em Fevereiro de 2007, matando três pessoas. Pouco tempo depois de reabrir, um novo aluimento de terras sobre uma Dresina (veículo de segurança) feriu dois funcionários e provocou novo encerramento.
Menos de quinze dias depois da reabertura, a 6 de Junho, no mesmo local, uma carruagem do Metro descarrilou e tombou para a berma da encosta, fazendo dois feridos ligeiros, sem que até agora se conheça motivo aparente para o acidente.
“Os Verdes” vão agora usar o seu direito potestativo, na Assembleia da República, para obrigar o ministro a ir à Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações prestar esclarecimentos sobre as causas dos acidentes, as intervenções de reposição da linha e as medidas de segurança implementadas.
“Como é possível que os acidentes continuem a acontecer quando andam três entidades a vigiar e a fazer investimentos na linha”, questionou, referindo-se à REFER, proprietária, ao LNEC, responsável pelos estudos, e ao Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), entidade supervisora.
Apesar de tudo, “será que o TGV entre Lisboa e Madrid vai transportar tantos passageiros?”, perguntou a dirigente Manuela Cunha, no final do Conselho Nacional do PEV 2.
1. Ver comunicado e petição em defesa da linha do TUA no URL www.linhadotua.net
2. Ver Lusa doc. nº 8473786, 21/06/2008 - 20:55
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