Os problemas de estacionamento na zona de Alvalade dominaram ontem à noite as queixas de cidadãos na reunião descentralizada da CML, com o executivo a apontar uma solução que também não foi consensual.
Na reunião realizada na Casa do Concelho de Tomar, e dedicada a ouvir os cidadãos das Freguesias de Alvalade, Campo Grande, São João de Brito e São João de Deus, a falta de espaços verdes, a falta de limpeza de passeios e pragas de ratos e répteis com origem em espaços de mato foram alguns dos problemas citados, mas a falta de estacionamentos dominou as intervenções.
Respondendo a queixas de munícipes que apontaram, por um lado, a falta de locais para estacionar na Freguesia do Campo Grande (Bairro das Caixas e Av. do Brasil) e, por outro, a ocupação abusiva dos passeios, o vereador do Urbanismo adiantou que a solução passará por criar estacionamento nos logradouros interiores, afirmando que primeiro é preciso clarificar com o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social a “questão patrimonial” dos logradouros e a quem pertencem, reconhecendo que é preciso “uma acção mais decidida da Câmara”.
Respondendo a vários moradores que se queixaram de arrendamentos comerciais ilegais em prédios de habitação, o vereador do urbanismo garantiu que ainda este mês serão feitas vistorias para ver quais as ocupações ilegais dos logradouros. O vereador referiu que, depois de resolvida a questão patrimonial, será possível determinar a ocupação para os logradouros, seja com parques de estacionamento ou reconhecendo o direito de ocupação com hortas, mantidas há décadas pelos moradores.
Uma moradora de outra Freguesia (São João de Deus) criticou, por seu turno, a intenção de fazer dos logradouros parque de estacionamento, afirmando que não podem ser “lixeiras” como se verifica em algumas situações, mas que devem ter condições de “ser espaços de lazer”. Também no mesmo sentido, outro morador da Freguesia de São João de Deus defendeu que os logradouros devem ser antes de mais jardins públicos, tendo sido construídos com esse fim.
Um anterior residente no Bairro da Cruz Vermelha (no Lumiar) e agora morador da Avenida do Brasil, acusou a Polícia Municipal de fazer “caça à multa” entre os carros dos moradores, que “não têm alternativa”. “Estou cansado de acordar com a paranóia de ter o carro bloqueado, porque não tenho alternativa de estacionamento”, afirmou, defendendo “tolerância” por parte da Polícia Municipal.
O presidente da autarquia frisou (e bem) que “a solução não passa por a Polícia Municipal fingir que a lei não está a ser infringida”, acentuando que “o estacionamento ilegal dificulta a circulação nos passeios e perturba as pessoas”.
Uma munícipe, que se queixou que não tinha tempo para atravessar uma passadeira na Av. dos EUA, porque os semáforos não estavam verdes para os peões durante o tempo suficiente, levou inclusive o presidente da CML a criticar os próprios serviços de tráfego da autarquia, acusando-os de terem as prioridades misturadas. “Os serviços de tráfego seguem uma doutrina contrária à deste executivo. No conflito entre tráfego e peões tem que ser decidido a favor dos peões. E [os serviços] estão aqui, eles têm que perceber isso”, concluiu o autarca 1.
Assim sendo, muito bem; mas qual é o novo plano estratégico a implementar na cidade? Ou foram meras declarações para munícipes e comunicação social ouvir?
Na reunião realizada na Casa do Concelho de Tomar, e dedicada a ouvir os cidadãos das Freguesias de Alvalade, Campo Grande, São João de Brito e São João de Deus, a falta de espaços verdes, a falta de limpeza de passeios e pragas de ratos e répteis com origem em espaços de mato foram alguns dos problemas citados, mas a falta de estacionamentos dominou as intervenções.
Respondendo a queixas de munícipes que apontaram, por um lado, a falta de locais para estacionar na Freguesia do Campo Grande (Bairro das Caixas e Av. do Brasil) e, por outro, a ocupação abusiva dos passeios, o vereador do Urbanismo adiantou que a solução passará por criar estacionamento nos logradouros interiores, afirmando que primeiro é preciso clarificar com o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social a “questão patrimonial” dos logradouros e a quem pertencem, reconhecendo que é preciso “uma acção mais decidida da Câmara”.
Respondendo a vários moradores que se queixaram de arrendamentos comerciais ilegais em prédios de habitação, o vereador do urbanismo garantiu que ainda este mês serão feitas vistorias para ver quais as ocupações ilegais dos logradouros. O vereador referiu que, depois de resolvida a questão patrimonial, será possível determinar a ocupação para os logradouros, seja com parques de estacionamento ou reconhecendo o direito de ocupação com hortas, mantidas há décadas pelos moradores.
Uma moradora de outra Freguesia (São João de Deus) criticou, por seu turno, a intenção de fazer dos logradouros parque de estacionamento, afirmando que não podem ser “lixeiras” como se verifica em algumas situações, mas que devem ter condições de “ser espaços de lazer”. Também no mesmo sentido, outro morador da Freguesia de São João de Deus defendeu que os logradouros devem ser antes de mais jardins públicos, tendo sido construídos com esse fim.
Um anterior residente no Bairro da Cruz Vermelha (no Lumiar) e agora morador da Avenida do Brasil, acusou a Polícia Municipal de fazer “caça à multa” entre os carros dos moradores, que “não têm alternativa”. “Estou cansado de acordar com a paranóia de ter o carro bloqueado, porque não tenho alternativa de estacionamento”, afirmou, defendendo “tolerância” por parte da Polícia Municipal.
O presidente da autarquia frisou (e bem) que “a solução não passa por a Polícia Municipal fingir que a lei não está a ser infringida”, acentuando que “o estacionamento ilegal dificulta a circulação nos passeios e perturba as pessoas”.
Uma munícipe, que se queixou que não tinha tempo para atravessar uma passadeira na Av. dos EUA, porque os semáforos não estavam verdes para os peões durante o tempo suficiente, levou inclusive o presidente da CML a criticar os próprios serviços de tráfego da autarquia, acusando-os de terem as prioridades misturadas. “Os serviços de tráfego seguem uma doutrina contrária à deste executivo. No conflito entre tráfego e peões tem que ser decidido a favor dos peões. E [os serviços] estão aqui, eles têm que perceber isso”, concluiu o autarca 1.
Assim sendo, muito bem; mas qual é o novo plano estratégico a implementar na cidade? Ou foram meras declarações para munícipes e comunicação social ouvir?
1. Ver Lusa doc. nº 8406697, 2008-06-04 - 22:36 e http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=96428
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