01/06/2008

Praça das Flores paralisada

Uma informação veiculada pela Junta de Freguesia das Mercês chegou às caixas de correio dos munícipes, embora não à de todos, dando conta do encerramento da Praça das Flores 1, entre os dias 4 e 20 de Junho, devido a uma marca de carros que vai lançar um novo modelo. Para compensar o transtorno, será requalificado o jardim local.
Quem o afirma é o vereador da CML responsável pelo pelouro dos Espaços Verdes da autarquia, que garante que este foi um óptimo negócio em que todos (??) lucram, afirmando que “a organização do evento vai pagar as taxas de ocupação bem como a requalificação do jardim. Isto representa milhares de euros”, adiantando que nestes dias “o comércio vai ter ainda mais clientes e que o mais importante é que a Praça das Flores vai ser renovada”.
Mas o argumento não convence ninguém e a indignação é geral. Moradores, comerciantes e transeuntes não entendem como é que a apresentação publicitária da marca de um carro pode servir de pretexto para vedar o acesso à (acanhada) Praça das Flores, durante duas semanas.
As movimentações para a organização do espaço começaram há oito dias. Mas foi antes de ontem que, perante o olhar inquisidor das pessoas, os técnicos revolucionaram totalmente a praça que até dia 4 terá de estar preparada para receber este evento que contará, diariamente, com cerca de 300 pessoas de 90 países, entre as 17h e a 1h00.
A iniciativa terá concertos diários, cuja barulheira prevista já faz tremer a vizinhança. “Gostaria muito de saber quem é que teve esta brilhante ideia de realizar um evento internacional desta envergadura num espaço tão exíguo”, comenta o dono de uma loja de óptica, na rua de S. Marçal, que faz esquina com a Praça das Flores. “Como não pertenço à praça o acesso também me será vedado. E quem quiser vir à minha loja terá de ser escoltado por um segurança”, revela, enquanto observa os trabalhos em curso.
Também o responsável pela farmácia local diz que estas movimentações já se estão a reflectir nas vendas. “Lamento que não tenham sido asseguradas as condições para que as pessoas tenham acesso a medicamentos”. Além de ter tido conhecimento desta iniciativa através de um colaborador seu, queixa-se da atitude da Junta de Freguesia e da CML “que não estão a ter em conta as implicações que a vedação vai ter no comércio” local 2.

1 comentário:

Anónimo disse...

Por amor de Deus parem de dizer mal... O sr. da óptica está bem longe da Praça das Flores em nada será afectado, e em relação à farmácia infelizmente tenho lá ido quase diariamente e em nada me prejudicou o fabulouso evento que vai dinamizar esta minha zona que ultimamente servia de "poiso" a criaturas pouco interessantes... Seriam estas "figurinhas" mais importantes para os comerciantes??
Por Favor...