Terminou ontem a Semana da Mobilidade, com a realização, pelo sétimo ano consecutivo, desta iniciativa que pretende afastar os carros das cidades. Na capital, a poluição causada pelo tráfego é há muito conhecida como ‘preocupante’. Em 2005, Lisboa teve mais de 180 dias, ou seja, metade do ano, em que os níveis de poluição atmosférica, nomeadamente das partículas inaláveis, ultrapassaram largamente o que é permitido por lei.
Nesse ano, Lisboa esteve “entre as piores capitais europeias” no que toca à qualidade do ar. Um “problema grave” que é indissociável do tráfego automóvel. O que só tornou mais pertinente o tema desta sétima edição da Semana Europeia da Mobilidade: “Ar puro para todos!”.
O sector dos transportes, nomeadamente o rodoviário, é responsável por cerca de 20% das emissões de gases com efeito de estufa e é também uma das principais causas de poluição com efeitos graves na saúde pública. Estudos da União Europeia relacionam a poluição com quatro mil mortes prematuras por ano em Portugal. As soluções para estes problemas “passam por medidas concretas, ao longo do ano, que respondam aos problemas e às necessidades das pessoas, porque só assim as pessoas vão aderir” 3.
Apesar das múltiplas iniciativas que se desenrolaram em mais de 65 localidades portuguesas, a conclusão da 7ª edição da Semana da Mobilidade acaba por não ser muito diferente de anos anteriores: Portugal ainda tem muitos passos a dar ao nível da melhoria da mobilidade e dos transportes, um sector que contribui com 23,8% para as emissões nacionais de gases com efeito de estufa (GEE), quando em 1990 essa percentagem se situava nos 16,8%. Ou seja, Portugal continua sem fazer progressos na mobilidade.
Iniciativas como a Semana Europeia da Mobilidade ou o Dia Europeu sem Carros “são encenações para os jornalistas, mas não são suficientes. Falta clareza estratégica ao nível da actuação das diversas entidades”, salienta um especialista em transportes e mobilidade, do Instituto Superior Técnico 1.
Para o presidente do Automóvel Club de Portugal, o Dia sem Carros “sete anos depois continua a ser uma fantochada”. “Não passa de um dia político e ainda por cima prejudica a mobilidade das cidades”. Também o presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados critica o actual executivo da CML por estarem “hoje a apresentar ciclovias na zona ribeirinha como preparação dos grandes investimentos que aí vêm, mas a vida dos peões continua com as mesmas dificuldades” 2.
Até o Ministro do Ambiente reconheceu esta semana que Portugal se encontra em incumprimento relativamente ao excesso de partículas emitidas para o ar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e que são necessárias medidas para reduzir a entrada de carros nas cidades.
As alternativas para deixar o carro em casa, passam, obviamente, por reduzir a utilização do automóvel, através de alternativas como as deslocações a pé, de bicicleta, nos transportes públicos ou a utilização colectiva do carro.
Usar de bicicleta e andar a pé, para quem viver perto do local de trabalho, são outras opções a considerar. Quanto à segurança, é indispensável que as autoridades locais melhorem as infra-estruturas para o trânsito de bicicletas. A utilização colectiva do carro, partilhando com colegas de trabalho ou com pessoas que fazem percursos semelhantes é outra alternativa 3.
Mas a grande aposta deverá ser feita no uso dos transportes públicos colectivos. “É preciso garantir transportes rápidos, confortáveis e económicos porque de outra forma será muito difícil competir com o automóvel”. Depois, resta ao cidadão fazer a sua parte. Considere as hipóteses de transporte quando escolher o local para morar: prefira locais acessíveis através do transporte público 4.
Nesse ano, Lisboa esteve “entre as piores capitais europeias” no que toca à qualidade do ar. Um “problema grave” que é indissociável do tráfego automóvel. O que só tornou mais pertinente o tema desta sétima edição da Semana Europeia da Mobilidade: “Ar puro para todos!”.
O sector dos transportes, nomeadamente o rodoviário, é responsável por cerca de 20% das emissões de gases com efeito de estufa e é também uma das principais causas de poluição com efeitos graves na saúde pública. Estudos da União Europeia relacionam a poluição com quatro mil mortes prematuras por ano em Portugal. As soluções para estes problemas “passam por medidas concretas, ao longo do ano, que respondam aos problemas e às necessidades das pessoas, porque só assim as pessoas vão aderir” 3.
Apesar das múltiplas iniciativas que se desenrolaram em mais de 65 localidades portuguesas, a conclusão da 7ª edição da Semana da Mobilidade acaba por não ser muito diferente de anos anteriores: Portugal ainda tem muitos passos a dar ao nível da melhoria da mobilidade e dos transportes, um sector que contribui com 23,8% para as emissões nacionais de gases com efeito de estufa (GEE), quando em 1990 essa percentagem se situava nos 16,8%. Ou seja, Portugal continua sem fazer progressos na mobilidade.
Iniciativas como a Semana Europeia da Mobilidade ou o Dia Europeu sem Carros “são encenações para os jornalistas, mas não são suficientes. Falta clareza estratégica ao nível da actuação das diversas entidades”, salienta um especialista em transportes e mobilidade, do Instituto Superior Técnico 1.
Para o presidente do Automóvel Club de Portugal, o Dia sem Carros “sete anos depois continua a ser uma fantochada”. “Não passa de um dia político e ainda por cima prejudica a mobilidade das cidades”. Também o presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados critica o actual executivo da CML por estarem “hoje a apresentar ciclovias na zona ribeirinha como preparação dos grandes investimentos que aí vêm, mas a vida dos peões continua com as mesmas dificuldades” 2.
Até o Ministro do Ambiente reconheceu esta semana que Portugal se encontra em incumprimento relativamente ao excesso de partículas emitidas para o ar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e que são necessárias medidas para reduzir a entrada de carros nas cidades.
As alternativas para deixar o carro em casa, passam, obviamente, por reduzir a utilização do automóvel, através de alternativas como as deslocações a pé, de bicicleta, nos transportes públicos ou a utilização colectiva do carro.
Usar de bicicleta e andar a pé, para quem viver perto do local de trabalho, são outras opções a considerar. Quanto à segurança, é indispensável que as autoridades locais melhorem as infra-estruturas para o trânsito de bicicletas. A utilização colectiva do carro, partilhando com colegas de trabalho ou com pessoas que fazem percursos semelhantes é outra alternativa 3.
Mas a grande aposta deverá ser feita no uso dos transportes públicos colectivos. “É preciso garantir transportes rápidos, confortáveis e económicos porque de outra forma será muito difícil competir com o automóvel”. Depois, resta ao cidadão fazer a sua parte. Considere as hipóteses de transporte quando escolher o local para morar: prefira locais acessíveis através do transporte público 4.
1. Ver www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=6996
2. Ver http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=110281
3. Ver www.deboleia.com e www.carpool.com.pt
4. Ver http://dn.sapo.pt/2008/09/22/sociedade/lisboa_e_capitais_mais_poluicao.html
1 comentário:
Cada vez há mais pessoas de bicicleta em Lisboa. E até já existem cursos de condução de bicicleta dados pela Cenas a Pedal. Parece interessante. www.cenasapedal.com
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