20/09/2008

Protecção da camada de ozono

A associação ambientalista Quercus afirmou que Portugal continua a libertar para a atmosfera substâncias que destroem a camada de ozono, desrespeitando “a sua legislação, as regras da UE e o Protocolo de Montreal”, violando assim os protocolos ambientais 1.
No Dia Internacional para a Protecção da Camada de Ozono (16 de Setembro), a Associção alertou para o facto de Portugal continuar a não assegurar a recuperação da maior parte dos CFC’s (clorofluorcarbonetos) contidos nos largos milhares de frigoríficos, arcas congeladoras e aparelhos de ar condicionado que todos os anos vão parar ao lixo.
Desta forma, Portugal continua a não respeitar a sua própria legislação, as regras comunitárias e o Protocolo de Montreal. Em 2006, foram apenas recuperados em Portugal cerca de 5% dos CFC’s existentes nos equipamentos em fim de vida, o que corresponde a cerca de 24 toneladas.
Os CFC’s estão ainda presentes nos equipamentos mais antigos pelo que a sua NÃO remoção/tratamento faz com que sejam libertados para a atmosfera, com consequências graves na destruição da Camada de Ozono. Devido à entrada em funcionamento tardia das duas entidades gestoras dos resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (só receberam as suas licenças em Março de 2006), à inexistência de campanhas de sensibilização adequadas e à falta de fiscalização por parte das autarquias, Portugal emitiu para a atmosfera cerca de 475 toneladas de CFC’s ao longo do ano passado, mantendo ainda um péssimo desempenho na protecção da Camada de Ozono.
Com o funcionamento das duas entidades gestores de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (AMB3E e a ERP Portugal) e com o arranque de uma campanha de sensibilização em Agosto passado, pressupõe-se que em 2007 Portugal poderá apresentar um desempenho muito melhor na recuperação e tratamento dos CFC’s.
Os dados aqui apresentados sobre a quantidade de CFC’s recuperados em 2006 foram obtidos junto das duas entidades gestores, AMB3E e ERP Portugal 2.

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