06/09/2008

Reinauguração natalícia do Cais das Colunas



Devido ao prolongamento da Linha Azul do Metropolitano, o Cais das Colunas, em frente à Praça do Comércio, foi parcialmente desmontado no Verão de 1997. No processo da sua desmontagem foram descobertas no rio, enterradas no lodo, as pedras pertencentes à coluna em falta e, mais recentemente, a esfera que encima essa mesma coluna. Finalmente, o Metro acabou por lançar um concurso público para a ‘Reposição do Cais das Colunas no Terreiro do Paço’, adjudicado pelo valor de 937 mil euros.
À beira-rio, entre pedras substituídas, outras por substituir e com uma das colunas para restaurar, a promessa ‘combinada’ é a de um novo encontro para o local a 15 de Dezembro para a (re)inauguração do cais na sua versão restaurada, “para as famílias poderem vir ver antes do Natal à Praça do Comércio, que até agora está amputada”, segundo o Ministro das Obras Públicas.
Notório continua a ser o mau-cheiro que se sente e que, segundo o responsável do Metro, se deve às águas residuais, que também terão de ser retiradas, numa obra que, afinal, se prolongará por mais nove meses. Instado a propósito das obras do prolongamento da linha Azul do Metro, confirmou ainda que o aterro já está ser retirado com a devida fiscalização, não se tendo, até agora, verificado novos “deslizamento de terras e nem de prever que venha a acontecer” 1.


O ‘novo’ Cais das Colunas terá lajes de mármore novas, mas com o corte e a traça das lajes antigas, pois, “ao longo de décadas foram sendo substituídas com lajes de argamassa e betão que não tinham nada a ver com o original. Optámos por repor a traça com pedra da mesma pedreira de que se pensa que vieram as pedras originais, na Batalha”, esclareceu o presidente do Metro.
Quanto ao resto das obras que ainda decorrem no Terreiro do Paço, o compromisso do Metro é que os aterros também desaparecerão a tempo da inauguração do Cais. No entanto vai ser preciso esperar mais tempo para o cheiro a esgoto desaparecer do Terreiro do Paço: só mesmo daqui a nove meses estará concluída a obra que acabará com as descargas directas no rio Tejo 2.
Na futura intersecção de esgotos, que só estará pronta dentro de nove meses, as águas residuais passarão a ser conduzidas por uma estação elevatória entre o Largo do Chafariz e Alcântara, com um interceptor no Largo do Chafariz de Dentro, passando por uma estação elevatória no Cais do Sodré, que levará as águas até à estação de tratamento de águas residuais de Alcântara que está a ser completamente renovada.
Mais tarde, embora ainda sem data definida para o arranque, será a vez da sociedade Frente Tejo iniciar o trabalho da reabilitação da frente ribeirinha 3. Donde, os estaleiros vieram para ficar.


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