O plano de recuperação da frente ribeirinha de Lisboa, recentemente aprovado, prevê a criação de zonas de praia com piscinas flutuantes em Algés e no Poço do Bispo 1, mas os moradores das duas zonas mostram-se pouco entusiasmados com os equipamentos lúdicos prometidos. Os habitantes, aliás, consideram os projectos anunciados pela autarquia como demasiado dispendiosos ou megalómanos e preferem que a CML limpe o que há muito está sujo.
Tanto em Algés como no Poço do Bispo, as maiores queixas dos locais vão para a quantidade de lixo acumulado ao longo de anos.
Em Algés, alguns habitantes lamentam que as “autoridades gastem tanto dinheiro com o que não é necessário”, pois bastava remover os lixos acumulados e dar uma carga mais humana ao local, “dispensando a piscina flutuante”. “A água do mar está poluída e não é preciso gastarem dinheiro com piscinas”.
No lado do Poço do Bispo, os pescadores da Doca, os moradores e o próprio presidente da Junta de Marvila desconhecem o plano para ali criar um grande equipamento lúdico, com praia fluvial e piscina flutuante e acusam o município de terem votado a Freguesia ao esquecimento, deixando o lixo a acumular-se há mais de dez anos.
“A doca ficou assoreada com lodo e lixo” desde a realização da Expo-98 e na maré baixa torna-se impossível retirar os barcos, que ficam presos nos resíduos, explica um pescador. “Bastava limpar o que existe”, sendo desnecessário fazerem-se grandes projectos que custam milhões, porque quem os acaba por pagar são os munícipes, e “o tempo é de crise”.
Já o presidente da Junta de Marvila lamenta o facto de não ter sido informado sobre os planos da autarquia. O autarca pretende ver resolvidas situações que considera serem mais prementes, nomeadamente o tratamento de esgotos. “A freguesia tem esgotos a céu aberto que correm directamente para o rio Tejo”, lembra o autarca, chamando a atenção para o facto de a Doca do Poço do Bispo, onde a CML pretende criar a praia, se situar apenas a cerca de cem metros do ponto de descarga.
Era preferível recuperar as infra-estruturas existentes, “era mais barato e a população beneficiava mais”, em vez de estarem a “anunciar projectos megalómanos, sem primeiro resolverem situações mais urgentes”, como a pobreza da população da Freguesia.
Para outra moradora, as autoridades tencionem “gastar milhões” numa praia fluvial para ninguém depois a frequentar. “As casas têm preços inacessíveis, os medicamentos são incomportáveis, os ordenados miseráveis e as autoridades querem uma praia na doca...?” 2, pergunta estupefacta.
Tanto em Algés como no Poço do Bispo, as maiores queixas dos locais vão para a quantidade de lixo acumulado ao longo de anos.
Em Algés, alguns habitantes lamentam que as “autoridades gastem tanto dinheiro com o que não é necessário”, pois bastava remover os lixos acumulados e dar uma carga mais humana ao local, “dispensando a piscina flutuante”. “A água do mar está poluída e não é preciso gastarem dinheiro com piscinas”.
No lado do Poço do Bispo, os pescadores da Doca, os moradores e o próprio presidente da Junta de Marvila desconhecem o plano para ali criar um grande equipamento lúdico, com praia fluvial e piscina flutuante e acusam o município de terem votado a Freguesia ao esquecimento, deixando o lixo a acumular-se há mais de dez anos.
“A doca ficou assoreada com lodo e lixo” desde a realização da Expo-98 e na maré baixa torna-se impossível retirar os barcos, que ficam presos nos resíduos, explica um pescador. “Bastava limpar o que existe”, sendo desnecessário fazerem-se grandes projectos que custam milhões, porque quem os acaba por pagar são os munícipes, e “o tempo é de crise”.
Já o presidente da Junta de Marvila lamenta o facto de não ter sido informado sobre os planos da autarquia. O autarca pretende ver resolvidas situações que considera serem mais prementes, nomeadamente o tratamento de esgotos. “A freguesia tem esgotos a céu aberto que correm directamente para o rio Tejo”, lembra o autarca, chamando a atenção para o facto de a Doca do Poço do Bispo, onde a CML pretende criar a praia, se situar apenas a cerca de cem metros do ponto de descarga.
Era preferível recuperar as infra-estruturas existentes, “era mais barato e a população beneficiava mais”, em vez de estarem a “anunciar projectos megalómanos, sem primeiro resolverem situações mais urgentes”, como a pobreza da população da Freguesia.
Para outra moradora, as autoridades tencionem “gastar milhões” numa praia fluvial para ninguém depois a frequentar. “As casas têm preços inacessíveis, os medicamentos são incomportáveis, os ordenados miseráveis e as autoridades querem uma praia na doca...?” 2, pergunta estupefacta.
2. Ver Público 2008-06-29 e http://dn.sapo.pt/2008/06/29/cidades/todos_contra_praia_fluvial_doca.html