02/07/2007

Intervenção de Cláudia Madeira na Aula Magna


Boa noite,

Companheiros e amigos!

Em primeiro lugar, permitam-me que em nome do Partido Ecologista Os Verdes vos saúde a todos. Saudação esta que se estende a todos os cidadãos independentes, aos membros do Partido Comunista Português e aos membros da Intervenção Democrática.

O Partido Ecologista Os Verdes apresenta-se integrado na Coligação Democrática Unitária por acreditar que há, nesta coligação, uma conjugação de esforços que são necessários à mudança que Lisboa precisa.
Pretendemos participar activamente na autarquia, tal como temos feito até agora, conscientes de que esta é uma enriquecedora experiência que contribui para a aproximação do cidadão que elege e do cidadão que é eleito, e para a resolução de muitos problemas que afectam a qualidade de vida de muitas pessoas.

A autarquia tem de estar vocacionada para os interesses da população e tem de estar apta para intervir nas mais diversas áreas: na educação e no ensino, na cultura e nos tempos livres, na defesa e protecção do ambiente, no saneamento básico, na saúde e na protecção da infância e da terceira idade.
Pode e tem de ser um espaço de intervenção especialmente vocacionado para a concretização do princípio ecologista “pensar globalmente, agir localmente”.
Mas muito pouco se fez na área do ambiente em Lisboa, com a direita a governar a cidade.
Nunca se mostrou tanto desrespeito e desprezo pelo ambiente como nos últimos anos.
Temos uma cidade com uma má qualidade do ar, com elevados níveis de ruído, com poucos espaços verdes...
E se se fez pouco, não foi por falta de propostas, foi por falta de vontade dos últimos executivos camarários de direita. Nos últimos tempos foram frequentemente aprovadas recomendações na Assembleia Municipal, muitas delas aprovadas por unanimidade, que a concretizarem-se representariam uma considerável melhoria no ambiente e na qualidade de vida de quem vive e trabalha na cidade. Mas o executivo mostrou sempre um profundo desprezo e desinteresse pelo trabalho realizado nesse orgão, deixando transparecer uma total descoordenação entre a Câmara e a Assembleia Municipal.
Estas propostas passam pela mobilidade sustentável, pelas ciclovias e percursos pedonais, pela promoção dos transportes públicos, pelos parqueamentos de bicicletas, pela construção de barreiras sonoras, entre muitas, muitas outras...
A cidade tem estado a ser construída à margem das preocupações ambientais.
É possível e necessário termos uma Lisboa ambientalmente mais saudável.
Sabemos que a melhoria da qualidade ambiental é o caminho para uma cidade sustentável.
A CDU tem sido a única força política com provas dadas no respeito pelo ambiente, pelos espaços verdes, pelos recursos energéticos.
É urgente desenvolver uma política de sustentabilidade, é urgente reduzir a poluição e criar novos espaços verdes.
E como?
Através da construção de corredores verdes, preservando a zona de Monsanto, através da construção de vias pedonais e pistas cicláveis, através de uma rede de transportes públicos consistente e eficaz, cumprindo instrumentos de sustentabilidade urbana como o Protocolo de Quioto. Estas medidas são factores importantes no combate à poluição sonora e atmosférica e, consequentemente, no combate às alterações climáticas.

Estes últimos e longos seis anos de direita na Câmara Municipal de Lisboa vieram interromper um projecto que a CDU integrou, e onde desempenhou um bom trabalho.
Os passos significativos dados em Lisboa, foram os passos dados pela CDU.
A CDU é uma força indispensável à defesa de Lisboa e o nosso projecto é o que defende que as más decisões da direita, com a cumplicidade constante do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda, serão rectificadas e que Lisboa retomará o bom caminho.
A má gestão da Câmara não foi apenas um problema, um defeito da direita, porque tanto o PS como o Bloco de Esquerda têm grandes culpas, por viabilizarem propostas que se apresentavam verdadeiros atentados contra Lisboa. Exemplo disso é o negócio da Bragaparques que esteve na origem destas eleições intercalares, onde só a CDU votou contra na Câmara, e também na Assembleia Municipal só o PCP e o Partido Ecologista Os Verdes votaram igualmente contra.
Aliás, a CDU votou contra todas as propostas que iam contra o povo de Lisboa, denunciou e combateu as propostas que prejudicariam os lisboetas.
Se a situação na Câmara não chegou a um ponto de desgoverno e de insustentabilidade mais cedo, foi porque a CDU lá estava para dizer que não, de todas as vezes que entendeu necessárias, e para apresentar propostas verdadeiramente do interesse de todos nós. Estivemos sempre onde foi preciso para defender os interesses de todos e não só de alguns.
Sabemos que vamos sair reforçados destas eleições. As pessoas têm estado atentas e sabem o que se passa. As pessoas não têm dúvidas e sabem que o voto útil, consciente e coerente é aqui, na CDU.

Quando os outros vêm falar da importância das maiorias, não nos podemos esquecer que a Câmara Municipal de Lisboa caiu por culpa de uma maioria.
A questão não se coloca com maiorias, coloca-se com políticas e a nossa política é a que melhor reflecte o que a população precisa: pessoas competentes e honestas, capazes de trabalhar para os lisboetas e com os lisboetas.
Essas pessoas são as pessoas que estão na CDU, que sob o princípio: Trabalho, Honestidade e Competência, continuam a dar cartas na autarquia. Este princípio é para levar muito a sério, sempre.
A experiência revela-nos que a CDU é diferente, é a alternativa.
Lutamos por uma cidade financeiramente equilibrada e sustentada, por uma cidade para todos, com regras no planeamento, ambientalmente equilibrada; uma cidade com políticas juvenis dinâmicas de modo a permitir à juventude uma participação activa, uma cidade com serviços públicos, sem recorrer a privatizações de serviços que a própria Câmara pode assegurar em boas condições.

Este último executivo deixou grandes lacunas na cidade: a nível financeiro, de património, a nível ambiental, social.
Portanto já sabemos o que vamos ter com os outros a governar a cidade: a continuação das negociatas, das trapalhadas e um puro desprezo pela população.
E se perguntarmos agora: querem mais das políticas que têm gerido a Câmara Municipal de Lisboa?
A resposta é óbvia: claro que não!
Lisboa não precisa da política de direita nem da arrogância que o Governo tem vindo a aplicar ao país.
Então a solução é votar na CDU!
A direita desperdiçou vários anos à Câmara Municipal de Lisboa, a Lisboa e aos lisboetas. Fez-nos andar para trás.
Agora, é altura de valorizar o que foi desprezado.
Não queremos ver prolongada uma gestão desastrosa!
Vamos pôr a Câmara Municipal de Lisboa a funcionar.
Sabemos que vai ser uma tarefa difícil, dado o estado caótico em que o anterior executivo a deixou, mas estamos empenhados nesse sentido e vamos conseguir.
Felizmente existe uma realidade bem diferente daquela que se apoderou de Lisboa nos últimos anos.
É necessário corrigir as más políticas que foram concretizadas contra a cidade.

Estas últimas semanas de pré-campanha mostraram-nos o descontentamento e a insatisfação das pessoas, mas também a esperança de ver a situação mudar. As pessoas desabafam connosco e pedem-nos ajuda.
E é assim que nós trabalhamos: em Lisboa, com os de Lisboa e para Lisboa. Nós falamos do que conhecemos. Não temos um programa eleitoral porque fica bonito no papel; temo-lo porque as suas medidas e soluções são reais e são para cumprir.
Temos um compromisso entre todos nós e para com os eleitores.
Um compromisso que fazemos questão de cumprir...até ao fim.

Podem ter a certeza que depois das eleições não nos vamos encostar a descansar. Sabemos que há trabalho a ser feito, e trabalho urgente. Depois de dia 15, vamos fazer por cumprir o que prometemos, porque é assim que trabalhamos.
Com a CDU temos não só o que é possível, mas o que é preciso!
O que propomos é o que sabemos que vamos cumprir.
Queremos fazer mais e melhor, queremos fazer o que sabemos.
Vamos transformar este desafio eleitoral numa vitória de todos nós e de Lisboa, votando CDU!

Com a CDU Lisboa vai ganhar.
CDU - a força alternativa!

Viva a cidade de Lisboa!
Viva a CDU!

(A intervenção de Ruben de Carvalho pode ser lida no CDU Lisboa)

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