22/07/2007

Segurança alimentar e campos electromagnéticos

A opinião dos europeus quanto a potenciais riscos dos campos electromagnéticos está dividida. Um estudo do Eurobarómetro revela que 49% não estão preocupados, por contraponto a 48%, que manifestam receios quanto aos efeitos na saúde. Mas as verdadeiras preocupações que os cidadãos põem à frente são os eventuais riscos de produtos químicos, alimentos, falta de qualidade do ar, água ou deposição de resíduos.
No leque diverso dos receios, os portugueses não diferem muito da média europeia, a não ser quanto à poluição atmosférica e dos rios, produtos químicos, deposição do lixo e postes de alta tensão. Eles estão mais apreensivos quanto a isso.
Um inquérito a 27.084 europeus, dos quais 1.006 portugueses, com o objectivo de saber se receiam que os campos magnéticos prejudiquem a saúde, indicou que há mais factores ambientais a preocupá-los. À frente dessas preocupações surgem os produtos químicos, com 64% dos cidadãos a manifestarem-se receosos.
Ainda que com algum significado, os receios quanto a fontes de campos electromagnéticos surgem quase nos últimos lugares de uma lista de 15 hipóteses. E, nesse caso, os postes de alta tensão são os mais mencionados como preocupantes (para 37% dos inquiridos). Logo a seguir surgem as antenas de telemóveis (36%) e só dois lugares depois os telemóveis (28%) e ainda os computadores (18%) e os aparelhos domésticos (14%). No meio destas referências surge a preocupação com os efeitos das condições de habitação na saúde.
Recorde-se que a Comissão Europeia mantém uma posição de precaução sobre os eventuais riscos de radiações emitidas por fontes eléctricas e electrónicas. Comités científicos têm sido encarregados por Bruxelas para acompanhar a evolução do conhecimento sobre estas matérias. Face ao inquérito idêntico feito em 2002, é de registar que aumentaram as preocupações com as telecomunicações móveis, electrodomésticos, computadores e linhas de alta tensão.

Ver

Sem comentários: