Três dos candidatos às eleições intercalares para a CML decidiram nos últimos dias ‘dar ao pedal’ pela cidade fora, para comunicação social ver. Um deles veio até sugerir a criação de dois circuitos cicláveis em Lisboa, propondo que os percursos sejam para concretizar nos próximos dois anos, para um total de 75 quilómetros de percursos cicláveis prioritários para Lisboa 1. A ‘pólvora’ estava descoberta e pronta a entrar para o Guiness. Mas…
O candidato ter-se-á esquecido que o grupo municipal de “Os Verdes” da Assembleia Municipal de Lisboa apresentara já no ano passado a “efectiva implementação de uma rede de ciclovias associada à estrutura verde de Lisboa, que dê sequência aos estudos já efectuados no âmbito do protocolo de colaboração entre a própria Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto Superior de Agronomia”.
De facto, desde 2001 que existem estudos para a implementação de um rede de ciclovias associada à estrutura verde da cidade, no âmbito de um protocolo de colaboração celebrado em 2000 entre a própria Câmara Municipal de Lisboa (Pelouro do Urbanismo) e o Instituto Superior de Agronomia (Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista). A rede considerada abrange cinco eixos prioritários: Frente Ribeirinha Algés - Parque das Nações, Terreiro do Paço - Interface do Campo Grande, Alcântara - Jardim Zoológico, Estação da CP de Benfica - Interface do Campo Grande, Jardim Zoológico - Carnide. A Câmara, desde então, não tem demonstrado interesse pela concretização deste projecto.
Dois meses depois “Os Verdes” apresentariam uma outra Recomendação complementar onde propunham à CML que fossem elaboradas “campanhas públicas de sensibilização das vantagens ecológicas do uso da bicicleta como meio saudável de transporte alternativo, divulgando-as, designadamente, junto de escolas e associações juvenis e de moradores”, bem como “a instalação de parqueamentos para bicicletas nas entradas de alguns serviços públicos, de bibliotecas, de escolas, de jardins, bem como junto a pistas cicláveis, incentivando os lisboetas a usarem a bicicleta nas suas deslocações de casa para os transportes públicos e para os seus serviços”.
Mesmo apesar de ambas as recentes Recomendações de “Os Verdes” terem sido aprovadas por Unanimidade 2 por todos os grupos municipais, nem o executivo camarário as procurou implementar, nem o agora candidato parece ter prestado atenção ao protocolo já existente entre a CML e o ISA, ou sequer às moções de “Os Verdes”.
É que já em Outubro de 2001 também o grupo municipal de “Os Verdes” tinha apresentado e feito aprovar na Assembleia Municipal de Lisboa uma outra Recomendação sobre a “Rede de estacionamento seguro e gratuito para bicicletas, articulada com outros modos de transporte” 3, para além das periódicas campanhas do PEV em defesa das pistas cicláveis. Também a (hoje interrompida) pista ciclável Entrecampos-Telheiras foi inaugurada por iniciativa da então coligação PS/CDU na CML.
É extraordinário que só agora, em plena campanha eleitoral, o(s) candidato(s) tenha(m) descoberto a ‘pólvora’… seca.
O candidato ter-se-á esquecido que o grupo municipal de “Os Verdes” da Assembleia Municipal de Lisboa apresentara já no ano passado a “efectiva implementação de uma rede de ciclovias associada à estrutura verde de Lisboa, que dê sequência aos estudos já efectuados no âmbito do protocolo de colaboração entre a própria Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto Superior de Agronomia”.
De facto, desde 2001 que existem estudos para a implementação de um rede de ciclovias associada à estrutura verde da cidade, no âmbito de um protocolo de colaboração celebrado em 2000 entre a própria Câmara Municipal de Lisboa (Pelouro do Urbanismo) e o Instituto Superior de Agronomia (Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista). A rede considerada abrange cinco eixos prioritários: Frente Ribeirinha Algés - Parque das Nações, Terreiro do Paço - Interface do Campo Grande, Alcântara - Jardim Zoológico, Estação da CP de Benfica - Interface do Campo Grande, Jardim Zoológico - Carnide. A Câmara, desde então, não tem demonstrado interesse pela concretização deste projecto.
Dois meses depois “Os Verdes” apresentariam uma outra Recomendação complementar onde propunham à CML que fossem elaboradas “campanhas públicas de sensibilização das vantagens ecológicas do uso da bicicleta como meio saudável de transporte alternativo, divulgando-as, designadamente, junto de escolas e associações juvenis e de moradores”, bem como “a instalação de parqueamentos para bicicletas nas entradas de alguns serviços públicos, de bibliotecas, de escolas, de jardins, bem como junto a pistas cicláveis, incentivando os lisboetas a usarem a bicicleta nas suas deslocações de casa para os transportes públicos e para os seus serviços”.
Mesmo apesar de ambas as recentes Recomendações de “Os Verdes” terem sido aprovadas por Unanimidade 2 por todos os grupos municipais, nem o executivo camarário as procurou implementar, nem o agora candidato parece ter prestado atenção ao protocolo já existente entre a CML e o ISA, ou sequer às moções de “Os Verdes”.
É que já em Outubro de 2001 também o grupo municipal de “Os Verdes” tinha apresentado e feito aprovar na Assembleia Municipal de Lisboa uma outra Recomendação sobre a “Rede de estacionamento seguro e gratuito para bicicletas, articulada com outros modos de transporte” 3, para além das periódicas campanhas do PEV em defesa das pistas cicláveis. Também a (hoje interrompida) pista ciclável Entrecampos-Telheiras foi inaugurada por iniciativa da então coligação PS/CDU na CML.
É extraordinário que só agora, em plena campanha eleitoral, o(s) candidato(s) tenha(m) descoberto a ‘pólvora’… seca.
1. Ver http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=281717
2. Ver http://pev.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=20&Itemid=36&limit=9&limitstart=9
3. Ver http://osverdesemlisboa.blogspot.com/2007/05/o-comit-econmico-e-social-europeu-pede.html ou http://osverdesemlisboa.blogspot.com/2007/05/metropolitano-alarga-horrio-para.html
2 comentários:
Esqueceram-se ainda (ao nível nacional) do projecto da Heloísa Apolónia de integração de Portugal na rede europeia de estradas para bicicletas, infelimente chumbado (ou adiado?) há uns bons anos (agora talvez fosse boa altura para relembrar o projecto).
O que me leva à minha provocação de sempre: porque não convencaram o PCP a meter esse tema na campanha e no programa? Claro que a concretização de medidas é geralmente mais importante que o bláblá. Mas também sabemos que em temas ambientais a mudança de mentalidades é o passo mais importante para uma verdadeira melhoria da situação, e para essa mudança de mentalidades muito contribui as mensagens que passam na rádio, na Tv e nos jornais.
O projecto nacional já foi por aqui referido (e a ideia permanece presente).
Quanto ao tema na campanha (ver http://www.dorl.pcp.pt/cdulisboa/index.php?option=com_content&task=view&id=341&Itemid=43) já há uma declaração:
"A CDU - com as responsabilidades que a população de Lisboa lhe confiar - assume o compromisso de dar um novo impulso à construção e manutenção de vias cicláveis na nossa Cidade."
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