16/11/2008

Porque há acidentes em Lisboa?

A capital é o município com mais acidentes. De quem será a culpa?
A maioria dos concelhos do distrito de Lisboa identificou já por georeferenciação os acidentes rodoviários que ocorrerem em 2007, segundo dados postos à disposição das autoridades gestores de estradas, de acordo com afirmações de ontem da Governadora Civil de Lisboa.
Causas, número de vítimas, condições meteorológicas e ‘pormenores’ técnicos sobre as vias são alguns dos dados constantes das fichas de identificação dos sinistros, que existem para nove dos 16 concelhos de Lisboa.
Apesar da tendência para a diminuição do número de acidentes no distrito, o Governo Civil lançou ontem a segunda fase do programa de prevenção rodoviária “Verdade ou Consequência - Não jogue com a sua vida”, com a exposição de trinta viaturas acidentadas nas ruas de Cascais, Oeiras, Loures, Mafra e Lisboa e simulacros de desencarceramento.
As iniciativas vão decorrer ao longo de quinze dias, incluindo acções em escolas e outros locais definidos pelos municípios, bem como a distribuição de folhetos sobre as consequências da condução sob o efeito de álcool, o excesso de velocidade e a falta de utilização do cinto de segurança. [No entanto, omite-se a responsabilização pelos ‘pormenores’ técnicos, ou seja, pelas deficiências de construção das vias].
E Lisboa, que ainda não tem um plano de georefenciação, é o município onde ocorrem mais acidentes, apesar de não ser aquele que regista mais mortos.
Para o responsável governamental para a Protecção Civil, “o que tem mudado menos é o condutor, continuam a ver-se muitas manobras perigosas e uma atitude imprudente de quem não sabe o que tem nas mãos”, lembrando que a carta de condução é (apenas) “um voto de confiança” dado pela sociedade.
O Governo prevê vir a aprovar dentro de semanas uma ‘Estratégia Nacional para a Segurança Rodoviária’, que será posta a discussão pública, com uma página na Internet para… “recolher contributos”. [Só ?]. O documento, trabalhado depois por de grupos de trabalho, visa sobretudo reduzir o número anual de mortes na estrada para 600, até 2015.
Mas, não deveriam as estatísticas apontar, e num prazo mais curto, para um ‘ideal’ de ‘mortes zero’ nas estradas?

Ver
http://diario.iol.pt/sociedade/acidentes-estrada-sinistralidade-lisboa-seguranca-rodoviaria-ultimas-noticias/1013607-4071.html

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