A CML analisou em reunião do executivo a actualização do mapa de ruído da cidade. Para qualquer habitante da capital não será difícil identificar, ainda que empiricamente, quais as zonas mais sensíveis em termos acústicos: Será a área envolvente do aeroporto? Certo. Serão as zonas próximas dos grandes eixos rodoviários? Certo.
A “Carta de Ruído de Lisboa constitui uma ferramenta essencial para o ordenamento e o planeamento urbano. Manuseada pelos técnicos torna-se uma verdadeira base de conhecimento fundamental para o desenvolvimento de estratégias de desenvolvimento urbano”, explicou um especialista em Acústica do Instituto Superior Técnico e que em 2000 colaborou no grupo de trabalho responsável pelo documento, agora em actualização.
Nas zonas consolidadas (zonas históricas) os problemas do ruído podem ser minimizados com medidas especiais, mas, sempre adoptadas “com sensibilidade e bom senso”. “É um erro querer Lisboa igual a Estocolmo, em termos de ruído. Lisboa é uma cidade do Sul. Vivemos na rua, o clima é bom, por isso é lógico não impor nas cidades do Sul os limites de ruído que vigoram no Norte da Europa. Pode haver o perigo de uniformização e de fundamentalismos”, referia em 2004 esse especialista a propósito do chumbo de um plano de pormenor para Rua Artilharia Um, baseada na regulamentação geral sobre o ruído.
Hoje, cinco anos volvidos, esta posição mantém-se: “Tentar introduzir normas na cidade, em especial em zonas já consolidadas, pode provocar efeitos indesejáveis, por vezes perversos,”.
Em zonas novas da cidade que vão ser urbanizadas, “é possível ser mais rigoroso e ter mais objectivos de qualidade sonora do que nas zonas consolidadas”. “É claro que as Câmaras têm que fazer planos de redução de ruído quando ele se verifica, especialmente nas chamadas zonas sensíveis. Mas, acima de tudo” frisa, “tem de haver bom senso e tem de haver adaptação à dinâmica das cidades. Senão, a pouco e pouco vão ficando vazias”.
A Carta do Ruído de Lisboa dá ainda resposta às mais recentes exigências constantes dos quadros legais nacional e europeu, como o Regime Legal da Poluição Sonora e Directiva Europeia relativa à Avaliação e Gestão de Ruído Ambiente.
Para já, as fontes de ruído mais importantes da cidade estão identificadas: o tráfego rodoviário, o tráfego aéreo e o tráfego ferroviário. O tráfego aéreo não tem expressão no período nocturno. O tráfego ferroviário tem uma influência relativamente localizada.
Como se resolvem, então, estes problemas de ruído exterior?
Simples: “apostando nos transportes colectivos, sobretudo os não-poluentes sonoros, coordenando-os, reduzindo velocidades, enterrando algumas vias. Quanto ao ruído do tráfego aéreo a solução mais radical para este técnico é só uma: “Desactivar o Aeroporto da Portela”.
Outras medidas minimizadoras (tráfego rodoviário) passam pela alteração do tipo de pavimento utilizado. Assim, o uso de tapete de betuminoso faz sentido em zonas do tipo 2ª Circular ou Eixo Norte/Sul. Já o uso do paralelepípedo, apesar de esteticamente mais bonito e tecnicamente mais durável, tem a desvantagem de produzir mais ruído”.
A “Carta de Ruído de Lisboa constitui uma ferramenta essencial para o ordenamento e o planeamento urbano. Manuseada pelos técnicos torna-se uma verdadeira base de conhecimento fundamental para o desenvolvimento de estratégias de desenvolvimento urbano”, explicou um especialista em Acústica do Instituto Superior Técnico e que em 2000 colaborou no grupo de trabalho responsável pelo documento, agora em actualização.
Nas zonas consolidadas (zonas históricas) os problemas do ruído podem ser minimizados com medidas especiais, mas, sempre adoptadas “com sensibilidade e bom senso”. “É um erro querer Lisboa igual a Estocolmo, em termos de ruído. Lisboa é uma cidade do Sul. Vivemos na rua, o clima é bom, por isso é lógico não impor nas cidades do Sul os limites de ruído que vigoram no Norte da Europa. Pode haver o perigo de uniformização e de fundamentalismos”, referia em 2004 esse especialista a propósito do chumbo de um plano de pormenor para Rua Artilharia Um, baseada na regulamentação geral sobre o ruído.
Hoje, cinco anos volvidos, esta posição mantém-se: “Tentar introduzir normas na cidade, em especial em zonas já consolidadas, pode provocar efeitos indesejáveis, por vezes perversos,”.
Em zonas novas da cidade que vão ser urbanizadas, “é possível ser mais rigoroso e ter mais objectivos de qualidade sonora do que nas zonas consolidadas”. “É claro que as Câmaras têm que fazer planos de redução de ruído quando ele se verifica, especialmente nas chamadas zonas sensíveis. Mas, acima de tudo” frisa, “tem de haver bom senso e tem de haver adaptação à dinâmica das cidades. Senão, a pouco e pouco vão ficando vazias”.
A Carta do Ruído de Lisboa dá ainda resposta às mais recentes exigências constantes dos quadros legais nacional e europeu, como o Regime Legal da Poluição Sonora e Directiva Europeia relativa à Avaliação e Gestão de Ruído Ambiente.
Para já, as fontes de ruído mais importantes da cidade estão identificadas: o tráfego rodoviário, o tráfego aéreo e o tráfego ferroviário. O tráfego aéreo não tem expressão no período nocturno. O tráfego ferroviário tem uma influência relativamente localizada.
Como se resolvem, então, estes problemas de ruído exterior?
Simples: “apostando nos transportes colectivos, sobretudo os não-poluentes sonoros, coordenando-os, reduzindo velocidades, enterrando algumas vias. Quanto ao ruído do tráfego aéreo a solução mais radical para este técnico é só uma: “Desactivar o Aeroporto da Portela”.
Outras medidas minimizadoras (tráfego rodoviário) passam pela alteração do tipo de pavimento utilizado. Assim, o uso de tapete de betuminoso faz sentido em zonas do tipo 2ª Circular ou Eixo Norte/Sul. Já o uso do paralelepípedo, apesar de esteticamente mais bonito e tecnicamente mais durável, tem a desvantagem de produzir mais ruído”.
Ver http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1208370
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