Portugal é um dos países da União Europeia onde mais se morre por falta de condições de isolamento e aquecimento nas casas, conclui um estudo de especialistas da Universidade de Dublin que comparou 14 países europeus.
De acordo com a investigação que analisa as potenciais causas da mortalidade no Inverno em 14 países europeus, “Portugal tem a maior taxa (28%) de excesso de mortalidade no Inverno”, seguido de Espanha e Irlanda, ambos com 21%.
“As nossas casas não estão nada preparadas para enfrentar o frio e de facto essa é uma das explicações que pode ser usada para que a taxa de excesso de mortalidade no Inverno seja tão elevada”, afirmou uma responsável da Divisão de Saúde Ambiental da Direcção Geral de Saúde (DGS).
“Os espaços construídos têm, de facto, uma grande influência na saúde das pessoas, que neles passam a maior parte do seu tempo. É preciso estudar estas influências e perceber o que se pode fazer para evitar problemas graves”, disse a especialista, apontando os planos locais de acção em habitação e saúde, em elaboração.
Chamou ainda a atenção para a importância de avaliar a carga económica associada à habitação, explicando que os diversos problemas de saúde que as pessoas podem ter devido à má qualidade do ar interior e à falta de isolamento das casas resultam em baixas médicas com peso económico para o país.
A investigação, que foi publicada em 2003, analisou durante 10 anos os índices de mortalidade de 14 países, cruzando os dados com informação sobre os factores ambientais, estilo de vida, prestação de cuidados de saúde e gastos nesta área, desigualdades sociais e eficiência energética/isolamento das habitações.
O estudo conclui que a alta taxa de mortalidade nos países do sudoeste da Europa “poderia ser reduzida melhorando a protecção/isolamento das casas ao frio, aumentando o investimento público em cuidados de saúde e melhorando as condições socioeconómicas da população para conseguir uma melhor distribuição da riqueza”.
O trabalho sublinha um dos paradoxos da mortalidade no Inverno, onde “as maiores taxas de mortalidade ocorrem geralmente em países onde o Inverno é menos severo e onde deveria haver menos potencial/tendência para casos de gripe e para a mortalidade relacionada com a gripe”.
“Os países com climas mais temperados tendem a ter baixa eficiência térmica nas habitações e por isso é mais difícil manter estas casas quentes quando chega o Inverno. Este é em particular o caso de Portugal, Espanha e Irlanda, onde as temperaturas no Inverno são comparativamente mais temperadas e as taxas de excesso de mortalidade nesta estação muito elevadas”.
A investigação aponta ainda “níveis exemplares” de eficiência térmica no interior das casas em países com Invernos rigorosos como a Finlândia e a Suécia, onde a totalidade das habitações têm vidros duplos e isolamento térmico nas coberturas, paredes e pisos. Aquando da publicação do estudo, apenas 6% das casas em Portugal tinham isolamento térmico nas paredes e coberturas e só 3% tinham vidros duplos.
De acordo com a investigação que analisa as potenciais causas da mortalidade no Inverno em 14 países europeus, “Portugal tem a maior taxa (28%) de excesso de mortalidade no Inverno”, seguido de Espanha e Irlanda, ambos com 21%.
“As nossas casas não estão nada preparadas para enfrentar o frio e de facto essa é uma das explicações que pode ser usada para que a taxa de excesso de mortalidade no Inverno seja tão elevada”, afirmou uma responsável da Divisão de Saúde Ambiental da Direcção Geral de Saúde (DGS).
“Os espaços construídos têm, de facto, uma grande influência na saúde das pessoas, que neles passam a maior parte do seu tempo. É preciso estudar estas influências e perceber o que se pode fazer para evitar problemas graves”, disse a especialista, apontando os planos locais de acção em habitação e saúde, em elaboração.
Chamou ainda a atenção para a importância de avaliar a carga económica associada à habitação, explicando que os diversos problemas de saúde que as pessoas podem ter devido à má qualidade do ar interior e à falta de isolamento das casas resultam em baixas médicas com peso económico para o país.
A investigação, que foi publicada em 2003, analisou durante 10 anos os índices de mortalidade de 14 países, cruzando os dados com informação sobre os factores ambientais, estilo de vida, prestação de cuidados de saúde e gastos nesta área, desigualdades sociais e eficiência energética/isolamento das habitações.
O estudo conclui que a alta taxa de mortalidade nos países do sudoeste da Europa “poderia ser reduzida melhorando a protecção/isolamento das casas ao frio, aumentando o investimento público em cuidados de saúde e melhorando as condições socioeconómicas da população para conseguir uma melhor distribuição da riqueza”.
O trabalho sublinha um dos paradoxos da mortalidade no Inverno, onde “as maiores taxas de mortalidade ocorrem geralmente em países onde o Inverno é menos severo e onde deveria haver menos potencial/tendência para casos de gripe e para a mortalidade relacionada com a gripe”.
“Os países com climas mais temperados tendem a ter baixa eficiência térmica nas habitações e por isso é mais difícil manter estas casas quentes quando chega o Inverno. Este é em particular o caso de Portugal, Espanha e Irlanda, onde as temperaturas no Inverno são comparativamente mais temperadas e as taxas de excesso de mortalidade nesta estação muito elevadas”.
A investigação aponta ainda “níveis exemplares” de eficiência térmica no interior das casas em países com Invernos rigorosos como a Finlândia e a Suécia, onde a totalidade das habitações têm vidros duplos e isolamento térmico nas coberturas, paredes e pisos. Aquando da publicação do estudo, apenas 6% das casas em Portugal tinham isolamento térmico nas paredes e coberturas e só 3% tinham vidros duplos.
Ver Lusa doc. nº 9530359, 07/04/2009 - 17:11
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