15/04/2009

CML estuda colocação de placas toponímicas para cegos

A Câmara está a estudar com a associação que representa os invisuais (a ACAPO) que locais poderão vir a receber placas toponímicas com informação em ‘braille’, texto em relevo e um sistema áudio, um projecto que será depois divulgado no estrangeiro.
A ideia partiu de um pedido para criar placas com o sistema de leitura utilizado pelos invisuais, mas acabou por motivar a construção de um modelo inédito no país. O que uma empresa fez “foi reformular esse pedido, uma vez que o 'braille' aplicado assim é praticamente inútil, as pessoas cegas não andam a apalpar paredes à procura das placas, não podem ir tactear no vazio. Já houve experiências em estações de metro e comboio e verificou-se que as pessoas não sabiam onde ficavam as placas”.
Além do ‘braille’, a placa concebida pela empresa terá texto ampliado, em relevo e cores fortes, para quem não conhece aquele sistema específico, e um dispositivo com uma gravação, através da qual as pessoas invisuais ou com baixa visão (grupo que representa 80% das pessoas com deficiência visual) poderão ouvir o nome da rua, os números das portas e os serviços ali disponíveis, como lojas, restaurantes, hospitais, transportes, bancos ou museus.
Para que o transeunte identifique a localização da placa, deverá transportar um sensor do tamanho de um porta-chaves, que vibrará e poderá emitir um sinal sonoro sempre que a pessoa se aproximar da estrutura e dispõe de um botão que activará o sistema áudio. A estrutura, semelhante às placas de pedra assentes num pé próprio, fica ao nível dos olhos, num altura compreendida entre 1,20 e 1,50 metros.
A ideia poderá vir a ser divulgada entre os restantes municípios e no estrangeiro, até porque a capacidade financeira da autarquia lisboeta não é suficiente para suportar a sua implantação em toda a cidade.
Com efeito, uma placa deste tipo - que já gerou reacções “muito boas” entre pessoas cegas - irá custar no máximo 400 euros (valor das actuais placas de pedra suportadas num pé próprio), funcionando a energia solar e tendo protecção anti-vandalismo, um pormenor que ainda está a ser desenvolvido, pelo que a aplicação desta “ideia será numa zona piloto”. Segundo a vereação, colocá-lo “em toda a cidade seria incomportável”.

Ver Lusa doc. nº 9530147, 07/04/2009 - 16:25

1 comentário:

Anónimo disse...

Analisem sff tecnologia 100%Portuguesa na pág. www.guio.pt. Suprime estas deficiencias e não só em relação aos nomes das ruas mas a qualquer tipo de informação igualmente util como serviços, repartições do estado, etc...etc...etc...