08/01/2009

Afundamento dos torreões na Praça do Comércio

Há anos que os Torreões laterais dos Ministérios no Terreiro do Paço estão a afundar-se, devido à instabilidade dos solos se ter agravado na consequência das obras do Metropolitano. O edifício poente, implantado num vale fóssil, e que já desceu 1,40 metros, deverá agora ser travado com uma intervenção no local. Quanto ao torreão do lado nascente, ao qual foram recentemente retirados os tapumes do Metro, apresenta também fissuras e levantamento de lajes no seu interior.
O processo de assentamento do Torreão Poente (ao lado da Marinha) poderá vir agora a ser finalmente travado com as obras de estabilização dos terrenos que o envolvem e que em Fevereiro vão arrancar junto à Avenida Ribeira das Naus, com uma duração previsível de quatro meses.
As obras da Simtejo, da Epal e da CML, que fazem parte do Plano Integrado de intervenção no Terreiro do Paço, na 3ª fª apresentado publicamente, consistirá na colocação de uma cortina de 29 estacas de betão com 1,20 de diâmetro até 50 metros de profundidade, à volta do edifício vai procurar conter um problema que é do conhecimento dos técnicos há vários anos.
De acordo com um professor jubilado da Universidade Nova de Lisboa, especialista em Geotecnia e Engenharia Sísmica e que vai acompanhar tecnicamente a intervenção, a cargo da Sociedade Frente Tejo, este reforço é necessário para evitar uma situação de afundamento do edifício, “em caso de sismo com uma magnitude igual à do terramoto de 1755”.
Desde que há registos e estudos, sabe-se que o edifício já “desceu” 1,40 metros e o processo não está parado. Aliás, durante os trabalhos de construção do túnel do metropolitano e da estação do Terreiro do Paço, sobretudo depois do acidente de Junho de 2000, o torreão, que esteve permanentemente monitorizado registou um assentamento na ordem dos 18 milímetros (entre Agosto de 2001 e Novembro de 2007).
“Aumentou a vulnerabilidade aos sismos”, facto que torna “problemática qualquer intervenção na proximidade, em particular as actualmente previstas, que implicam abertura de valas na área envolvente”.
O vale fóssil onda está implantado o torreão poente é “preenchido por camadas de aluviões (lodos e areias lodosas) cobertos por aterros superficiais. Estas camadas de aluviões são muito compressíveis e provocam o assentamento sistemático do torreão em função do seu próprio peso”.
A obra, orçada em 900 mil euros, ainda não foi adjudicada, mas deverá ser “executada antes das actividades mais intrusivas previstas para o local, como forma de protecção adicional aquelas empreitadas incrementando-se assim a segurança no local, num esforço conjunto de minimização do impacto” na emblemática praça lisboeta.

Ver
http://dn.sapo.pt/2009/01/07/cidades/afundamento_torreao_travado_29_estac.html

1 comentário:

Anónimo disse...

Actualmente o torreão está a cargo do Exército. Pois pois, mas dentro de algum tempo quem sabe será mais util para gente habituada a andar dentro de agua, como a marinha. Zé