15/01/2009

Tráfego emite substâncias cancerígenas para a atmosfera

A Universidade do Porto realizou um estudo, ao longo de quatro anos, sobre a influência do tráfego automóvel e do fumo do tabaco nas concentrações de partículas do ar e eventuais implicações no ser humano.
Os resultados finais, apresentados ontem, mostram a concentração de substâncias cancerígenas nas partículas respiráveis, quer provenientes das emissões dos automóveis, quer provenientes do fumo do tabaco.
Em ambos os casos verifica-se um aumento (que atingiu 3.500%) das substâncias cancerígenas nas partículas inaláveis, sobretudo nas de menores dimensões que são as que têm piores efeitos na saúde.
Os locais onde decorreram as medições, para o estudo da influência do fumo do tabaco, evidenciaram a presença de compostos cancerígenos nas partículas respiráveis com origem nas emissões do tráfego automóvel.
A coordenadora do estudo defende que “a redução destas emissões deve ser obrigatoriamente considerada para defesa da saúde pública, tanto mais que o seu efeito no aumento percentual da concentração de compostos cancerígenos nas partículas respiráveis é ainda maior do que o associado ao fumo do tabaco, para além de que a sua presença faz parte da nossa vida quotidiana, já que todos nos deslocamos em ruas e artérias onde circulam automóveis”.
Este estudo aponta para a urgência de se estabelecerem limites nas concentrações de compostos tóxicos em partículas inaláveis de pequenas dimensões, presentes no ar interior e exterior dos edifícios. Recorde-se que nenhum país no mundo adoptou ainda legislação para proteger os cidadãos dos malefícios das emissões do tráfego automóvel, apesar de existirem já restrições quanto aos locais onde é permitido fumar.

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www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7516

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