07/01/2009

Praça do Comércio volta a entrar em trabalho de parto

A despoluição do Tejo implica nova intervenção no Terreiro do Paço. A 'sala de visitas' de Lisboa vai ficar desarrumada outra vez. Ou seja, a Praça do Comércio vai voltar a ser um estaleiro, onde desde 2ª fª ali arrancou um plano integrado de intervenção.
A conclusão do sistema de saneamento que vai acabar com o lançamento dos esgotos de 100.000 habitantes de Lisboa directamente para o Tejo é a razão que está na base de mais nove meses de trabalhos e condicionamentos.
A obra principal decorrerá a cargo da Simtejo, mas outras vão desenvolver-se simultaneamente, como é o caso da empreitada da Epal e, finalmente, a da requalificação urbana da praça, a cargo da Sociedade Frente Tejo.
“O Plano Integrado de Intervenção no Terreiro do Paço compreende a instalação de duas galerias de descarga de águas pluviais e um interceptor de recolha de efluentes, entre a placa central da Praça do Comércio e o rio Tejo, obra a executar pela Simtejo; a consolidação dos terrenos contíguos ao torreão poente, quer na frente sul quer na frente nascente, uma intervenção da responsabilidade da Sociedade Frente Tejo”.
E, por último, “a reabilitação de troço da conduta de água para abastecimento da zona da Baixa, entre a placa central da Praça do Comércio (junto à galeria técnica do Metro) e o Corpo Santo, a cargo da Epal”.
A CML discute, entretanto, hoje, o novo plano de mobilidade para a Baixa. A proposta, apresentada ainda em Dezembro, prevê “um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha” para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos.
De acordo com o documento, todo o trânsito particular que chegue à Baixa proveniente de Norte, do Rossio ou do Marquês do Pombal e o que tenha origem no lado oriental (Expo) e se desloque para o lado ocidental (Cais do Sodré) terá de fazer-se pelo eixo paralelo ao rio, ou seja, via ruas da Alfândega e do Arsenal. Esta mudança visa reduzir o atravessamento da Baixa. O tráfego está na origem dos elevados níveis de ruído e poluição do ar, o que “origina situações de insalubridade e desconforto para quem ali reside e trabalha”.

Ver
http://dn.sapo.pt/2009/01/06/cidades/estaleiro_terreiro_paco_durante_nove.html

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