28/01/2009

Investigação aposta em transportes inovadores

Os automobilistas aderem mais facilmente aos transportes públicos se puderem adoptar serviços inovadores, simultaneamente eficientes em termos sociais e convenientes em termos pessoais.
Um especialista em transportes, que está a investigar o tema, sugeriu na 3ª fª, durante uma conferência sobre mobilidade urbana, quatro exemplos destes serviços inovadores: táxi partilhado, mini-autocarros expresso dos subúrbios até ao centro da cidade, clube de ‘carpooling’ (partilha de carros) e o ‘mais revolucionário’ sistema de despacho ‘on-line’, que permite ao utilizador traçar um plano de viagem com vários meios de transporte a partir dos tempos reais.
Estas são as soluções que estão a ser estudadas num projecto de parceria entre o Instituto Superior Técnico e o MIT-Portugal. “O que procuramos é 'inventar' serviços que sejam socialmente mais eficientes e também mais agradáveis para as pessoas”, explicou o professor e investigador do IST. Isto porque “para a maior das pessoas que usam regulamente o automóvel, passar para os transportes públicos implica uma mudança muito grande”.
Os investigadores estão, por isso, empenhados em desenvolver soluções mais parecidas com o andar de carro “que correspondem ao quase-óptimo a nível pessoal e social”. A grande vantagem destes serviços inovadores seria assim uma maior facilidade de adopção por parte dos automobilistas regulares.
A tecnologia é facilitadora, contribuindo para ganhos relevantes em termos da eficiência energética, redução das emissões poluentes e segurança do tráfego, mas é preciso também mudar os comportamentos. Pelo que não basta “a tecnologia para conseguir melhorias ao nível dos transportes. É preciso inovação na concepção dos serviços, da regulamentação, do tarifário e dos contratos”.
“Os obstáculos à utilização dos transportes públicos estão relacionados com o comportamento das pessoas, mas também das autoridades e das empresas, que são muito conservadoras. Por isso, os sistemas não evoluem”.
A conferência ‘Mobilidade urbana : grande desafio para a sociedade’, foi organizada pelo Fórum de Administradores de Empresas e pelo MIT-Portugal, visando contribuir “para a formulação correcta deste problema e para a identificação de algumas respostas que estão a ser preparadas pelas entidades responsáveis, quer a curto quer a médio prazo”.

Ver Lusa doc. nº 9252877, 26/01/2009 - 17:39

1 comentário:

Anónimo disse...

sou estrangeira com experiênça de vida em outras cidades mundiais..mas Lisboa ultrepassa TUDO em PEOR!Vendi o carro por causa das dificuldades de circulação e estacionamento..Mas com os autocarros não é melhor:atrasso prolungado,.tempo perdido a espera((nas filas nas ruas poluidas,obstáculo de transito,estravagânças de paragens(dobre fila,pilaretes)..é a desorganisação total!se não há civismo..nem gestão municipal do problema,a cidade vai asfixiar-se.E lonje a época dos coches...mas os turistas gostan lembrando-se dum passado romantico!!