Nos mares portugueses vão aparecendo novas espécies e desaparecendo outras, muito por culpa das alterações climáticas. Para explicar a complexidade do ecossistema, os biólogos explicam que o degelo dos pólos influencia as correntes do Golfo, que por sua vez aquecem as águas portuguesas. E deixam então um aviso: “O ecossitema é como um cobertor, se puxarmos de um lado, vai destapar alguma coisa noutro”.
Deste modo, o aumento das temperaturas é uma das causas apontadas por especialistas da Universidade do Algarve para aparecimento de novas espécies. Daí que, em breve, peixes tropicais poderão ser avistados em Lisboa.
Não vão tão longe como o pai de Nemo foi para encontrar o filho no reputado filme de animação da Disney. Porém, peixes de tons coloridos que costumam ser mais comuns em corais do que em águas portuguesas foram avistados no Algarve. As espécies presentes em águas algarvias são oriundas do Mediterrâneo e do Atlântico sub-tropical, algo que os especialistas em ecologia pesqueira da Universidade do Algarve acreditam “estar relacionado com o aumento da temperatura das águas”.
No entanto, esta migração forçada não é causada unicamente pelo aquecimento da água. “Em ecossistemas tão complexos como o Mediterrâneo as variáveis são aos milhares, desde ventos e marés até ao impacto humano, no uso de recursos marítimos”.
Além das temperaturas, factores como “a captura de toneladas de peixes num só dia ou a alteração das marés no Mediterrâneo criam um desequilíbrio no ecossistema”. Por outro lado, “a quantidade de produtos que fazemos chegar aos oceanos, como adubos e pesticidas, também têm um impacto significativo”.
Deste modo, o aumento das temperaturas é uma das causas apontadas por especialistas da Universidade do Algarve para aparecimento de novas espécies. Daí que, em breve, peixes tropicais poderão ser avistados em Lisboa.
Não vão tão longe como o pai de Nemo foi para encontrar o filho no reputado filme de animação da Disney. Porém, peixes de tons coloridos que costumam ser mais comuns em corais do que em águas portuguesas foram avistados no Algarve. As espécies presentes em águas algarvias são oriundas do Mediterrâneo e do Atlântico sub-tropical, algo que os especialistas em ecologia pesqueira da Universidade do Algarve acreditam “estar relacionado com o aumento da temperatura das águas”.
No entanto, esta migração forçada não é causada unicamente pelo aquecimento da água. “Em ecossistemas tão complexos como o Mediterrâneo as variáveis são aos milhares, desde ventos e marés até ao impacto humano, no uso de recursos marítimos”.
Além das temperaturas, factores como “a captura de toneladas de peixes num só dia ou a alteração das marés no Mediterrâneo criam um desequilíbrio no ecossistema”. Por outro lado, “a quantidade de produtos que fazemos chegar aos oceanos, como adubos e pesticidas, também têm um impacto significativo”.
O que levou animais - como os roncadores, budiões, ‘veja’ e pargos - a deslocarem o seu habitat também poderá estar relacionado com a “poluição acústica”. Isto porque, “no mar há zonas sem luz onde as espécies se orientam pelos sons, e os navios de guerra, as motos de água e os jet skis acabam por desorientar os peixes”. Na sequência do turbilhão de sons “há animais que resistem e vão para mais longe, outros que desaparecem, porque não aguentam nadar milhares de quilómetros”.
Apesar de Portugal “não ter grandes corais para receber peixes de coral”, é mesmo “possível que em breve estas espécies tropicais cheguem a Lisboa ou até à Nazaré”, pois há um êxodo dos animais para Norte à medida que as águas do Sul vão ficando mais quentes.
Além dos peixes, o investigador também constatou que “há alguma flora que normalmente aparece nas águas algarvias, como as laminárias, que desapareceu e agora só se encontra a norte do Tejo”.
Apesar de Portugal “não ter grandes corais para receber peixes de coral”, é mesmo “possível que em breve estas espécies tropicais cheguem a Lisboa ou até à Nazaré”, pois há um êxodo dos animais para Norte à medida que as águas do Sul vão ficando mais quentes.
Além dos peixes, o investigador também constatou que “há alguma flora que normalmente aparece nas águas algarvias, como as laminárias, que desapareceu e agora só se encontra a norte do Tejo”.
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