Em 1999, entrou em funcionamento o comboio na Ponte 25 de Abril que permitiu criar uma nova ligação ferroviária entre as duas margens do rio Tejo, efectuando, actualmente, a conexão desde Setúbal (margem sul da região de Lisboa) até Areeiro (margem Norte), tendo o tráfego quase duplicado de 11,6 milhões de passageiros, no ano 2000, para 21,4 milhões em 2006 (mais 84,4%).
O projecto da circulação ferroviária na Ponte 25 de Abril melhorou a mobilidade entre as duas margens do Rio Tejo, criou centenas de postos de trabalho, directos e indirectos e beneficiou o ambiente por ter retirado 20 mil veículos na Ponte tendo permitido, além disso, economizar tempo e dinheiro aos 80 mil passageiros/dia deste novo meio de transporte, com uma pontualidade de 99,2%. Provavelmente, foi um dos melhores investimentos efectuados em Lisboa em termos de acessibilidades.
Agora, se fossem comprados mais comboios, seria possível aumentar o número de passageiros de 80 mil para 120 mil, por dia. Tendo em conta que, na região de Lisboa, em média, cada viatura transporta 1,2 passageiros, o aumento de pessoas transportadas por via-férrea, na ponte, poderia diminuir o número de carros em muitos milhares.
O contrato inicial assinado entre o Estado português e a Lusoponte previa que as portagens da Ponte Vasco da Gama e 25 de Abril deveriam ter o mesmo valor. Quando se deu a revolta das populações, contra o aumento da portagem na Ponte 25 de Abril, o Governo, na altura, não teve coragem para alterar mais esse valor.
Como consequência e, durante vários anos, o Governo teve que pagar a diferença entre as duas portagens à Lusoponte, cerca de 1 euro, por cada carro que entrava na Ponte 25 de Abril. Fazendo as contas, por aproximação, pois nem todas as viaturas são de classe 1 (as restantes pagam muito mais), por dia, o Estado teve que pagar, pelo menos, 1 euro x 75 mil veículos que entram no sentido Sul-Norte. Ou seja, 75 mil euros por dia o que, num ano, dá 365 dias x 75 mil veículos a que correspondem 2,74 milhões de euros (5,4 milhões de contos).
Passados vários anos, o contrato foi revisto e o Estado aumentou o prazo de concessão à Lusoponte, ou seja, o Estado financiou a entrada de carros em Lisboa (1 euro por veículo) e, agora, não há verbas para comprar comboios para melhorar o transporte público. É uma situação surpreendente, mas é a realidade dos factos.
Pelo exposto, não restam dúvidas: comprem-se mais comboios !
Agora, se fossem comprados mais comboios, seria possível aumentar o número de passageiros de 80 mil para 120 mil, por dia. Tendo em conta que, na região de Lisboa, em média, cada viatura transporta 1,2 passageiros, o aumento de pessoas transportadas por via-férrea, na ponte, poderia diminuir o número de carros em muitos milhares.
O contrato inicial assinado entre o Estado português e a Lusoponte previa que as portagens da Ponte Vasco da Gama e 25 de Abril deveriam ter o mesmo valor. Quando se deu a revolta das populações, contra o aumento da portagem na Ponte 25 de Abril, o Governo, na altura, não teve coragem para alterar mais esse valor.
Como consequência e, durante vários anos, o Governo teve que pagar a diferença entre as duas portagens à Lusoponte, cerca de 1 euro, por cada carro que entrava na Ponte 25 de Abril. Fazendo as contas, por aproximação, pois nem todas as viaturas são de classe 1 (as restantes pagam muito mais), por dia, o Estado teve que pagar, pelo menos, 1 euro x 75 mil veículos que entram no sentido Sul-Norte. Ou seja, 75 mil euros por dia o que, num ano, dá 365 dias x 75 mil veículos a que correspondem 2,74 milhões de euros (5,4 milhões de contos).
Passados vários anos, o contrato foi revisto e o Estado aumentou o prazo de concessão à Lusoponte, ou seja, o Estado financiou a entrada de carros em Lisboa (1 euro por veículo) e, agora, não há verbas para comprar comboios para melhorar o transporte público. É uma situação surpreendente, mas é a realidade dos factos.
Pelo exposto, não restam dúvidas: comprem-se mais comboios !
Ler Rui Rodrigues IN www.maquinistas.org
1 comentário:
Pois bem, é uma verdade que a frequência de comboios deveria ser mais curta. Mas como utilizador diário do comboio, especialmente nos períodos de ponta, posso dizer que a travessia da ponte neste momento está a rebentar pelas costuras. Neste período que refiro, os comboios já circulam com alguns atrasos devido à passagem de comboios Intercidades e o Alfa Pendular. Portanto enquanto não for construída a nova travessia do Tejo é praticamente impossivel haver reforço de comboios nesta linha ferroviária
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