A comunicação social referiu-se no início da semana ao impacto que poderá ter a futura ponte ferroviária entre Lisboa e o Barreiro com as correspondentes obras anexas, sobre vários edifícios com valor patrimonial 1. [Aqui se transcreve um parecer técnico de um prof. do IST].
A travessia ferroviária do Tejo tem de ser estudada em conjunto com a definição do traçado à saída de Lisboa da futura linha de bitola europeia para o Porto, em que circularão comboios TGV e outros (mais lentos e de mercadorias), pelo que decidir uma coisa sem a outra não tem o mínimo sentido.
O projecto conjunto: “Travessia do Tejo/linha para o Porto” conjugado com a ponte para o Barreiro, que parece ser hoje proposto, é o de, à chegada a Lisboa, os comboios TGV vindos pela ponte do Barreiro inflectirem para à direita para chegarem por um trajecto de cerca de 4 km anexo da Gare do Oriente, cujo estudo já foi encomendado ao arquitecto Calatrava. Os comboios TGV para o Porto, saídos da Gare do Oriente, poderão depois seguir pelo vale do Trancão.
Ora, este projecto tem custos financeiros e ambientais gigantescos ainda mal avaliados. De facto, basta olhar para a carta 34 B, escala 1/50.000, editada pelo Instituto Geográfico Cadastral, para ver que uma linha TGV é praticamente impossível. A crise financeira mundial obriga-nos e dá-nos tempo para estudar melhor estes assuntos, pelo que é assim necessário ponderar outros projectos.
Foi-me ontem transmitida a notícia de que a CML reservou 5 milhões de euros para projectos escolhidos pelos munícipes no âmbito do orçamento participativo para 2009. A fase de consulta sobre prioridades de investimento municipal e apresentação de propostas para cada área é entre 8 e 24 de Outubro. Deste modo, apresenta-se a análise técnica das propostas apresentadas e transformação em projectos das propostas que sejam exequíveis até 7 de Novembro.
(Proposta de um) Projecto Conjunto da Travessia Ferroviária do Tejo e Futura Linha para o Porto à saída de Lisboa
Os futuros comboios TGV para o Porto, Badajoz, Algarve e os ‘shuttles’ para o futuro Aeroporto de Alcochete deverão sair da Gare do Oriente seguindo até um pouco antes, ou depois, de Alverca por duas das actuais quatro vias mudadas da bitola ibérica para a bitola europeia. A travessia do Tejo de todos estes comboios será feita por túnel antes de Alverca, ou por túnel ou ponte depois de Alverca. Os comboios para o Porto seguirão pela margem Esquerda do Tejo até perto da Chamusca. Os actuais comboios de bitola ibérica que passam por Vila Franca continuarão a chegar a Lisboa praticamente na mesma, durante talvez duas décadas, utilizando as duas vias que continuarão com a bitola ibérica. A Gare do Oriente terá muito poucas alterações. Continuará com oito vias de estacionamento. Haverá, simplesmente que prever, a sudoeste uma zona em que os comboios de bitola europeia, depois de uma paragem na Gare do Oriente poderem estacionar para serem limpos e esperar a ocasião de voltar de voltar à Gare do Oriente. Como variante este comboios poderão chegar a Santa Apolónia usando o sistema da via com três carris.
Acrescente-se que no próximo dia 30 de Outubro, a Sociedade de Geografia de Lisboa realiza um encontro sobre o estuário do Tejo, onde se falará da travessia ferroviária do Tejo na zona de Alverca e de estas propostas.
O projecto conjunto: “Travessia do Tejo/linha para o Porto” conjugado com a ponte para o Barreiro, que parece ser hoje proposto, é o de, à chegada a Lisboa, os comboios TGV vindos pela ponte do Barreiro inflectirem para à direita para chegarem por um trajecto de cerca de 4 km anexo da Gare do Oriente, cujo estudo já foi encomendado ao arquitecto Calatrava. Os comboios TGV para o Porto, saídos da Gare do Oriente, poderão depois seguir pelo vale do Trancão.
Ora, este projecto tem custos financeiros e ambientais gigantescos ainda mal avaliados. De facto, basta olhar para a carta 34 B, escala 1/50.000, editada pelo Instituto Geográfico Cadastral, para ver que uma linha TGV é praticamente impossível. A crise financeira mundial obriga-nos e dá-nos tempo para estudar melhor estes assuntos, pelo que é assim necessário ponderar outros projectos.
Foi-me ontem transmitida a notícia de que a CML reservou 5 milhões de euros para projectos escolhidos pelos munícipes no âmbito do orçamento participativo para 2009. A fase de consulta sobre prioridades de investimento municipal e apresentação de propostas para cada área é entre 8 e 24 de Outubro. Deste modo, apresenta-se a análise técnica das propostas apresentadas e transformação em projectos das propostas que sejam exequíveis até 7 de Novembro.
(Proposta de um) Projecto Conjunto da Travessia Ferroviária do Tejo e Futura Linha para o Porto à saída de Lisboa
Os futuros comboios TGV para o Porto, Badajoz, Algarve e os ‘shuttles’ para o futuro Aeroporto de Alcochete deverão sair da Gare do Oriente seguindo até um pouco antes, ou depois, de Alverca por duas das actuais quatro vias mudadas da bitola ibérica para a bitola europeia. A travessia do Tejo de todos estes comboios será feita por túnel antes de Alverca, ou por túnel ou ponte depois de Alverca. Os comboios para o Porto seguirão pela margem Esquerda do Tejo até perto da Chamusca. Os actuais comboios de bitola ibérica que passam por Vila Franca continuarão a chegar a Lisboa praticamente na mesma, durante talvez duas décadas, utilizando as duas vias que continuarão com a bitola ibérica. A Gare do Oriente terá muito poucas alterações. Continuará com oito vias de estacionamento. Haverá, simplesmente que prever, a sudoeste uma zona em que os comboios de bitola europeia, depois de uma paragem na Gare do Oriente poderem estacionar para serem limpos e esperar a ocasião de voltar de voltar à Gare do Oriente. Como variante este comboios poderão chegar a Santa Apolónia usando o sistema da via com três carris.
Acrescente-se que no próximo dia 30 de Outubro, a Sociedade de Geografia de Lisboa realiza um encontro sobre o estuário do Tejo, onde se falará da travessia ferroviária do Tejo na zona de Alverca e de estas propostas.
(com um agradecimento a) António Brotas, Professor Jubilado do IST brotas@fisica.ist.utl.pt - 2008-10-14
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