15/12/2008

A aposta em redes cicláveis melhora as acessibilidades

No próximo ano irá nascer no concelho do Seixal uma vasta rede de pistas para utilizadores de bicicletas, que a longo prazo deverá ter a extensão de 90 km. O objectivo da autarquia é reforçar a mobilidade e acessibilidade, dando mais ênfase às questões ambientais numa cidade que é a segunda mais motorizada da Área Metropolitana de Lisboa.

Como foi planeado o traçado das ciclovias?
O plano foi elaborado com base num inquérito realizado à população sobre hábitos de uso de bicicleta, daí que pretenda cobrir todo o concelho, “em articulação com os transportes públicos”, como explicou o presidente da Câmara do Seixal, na apresentação pública do plano.
Segundo o vereador do Ambiente e Serviços Urbanos da Câmara do Seixal, a criação desta rede deriva de “um longo trabalho em que houve a preocupação de recolher experiências de outros países, onde existem bons exemplos, e a participação em conferências mundiais”. Trata-se de “um desafio que constitui uma etapa importante em relação ao planeamento estratégico do município onde a mobilidade é essencial”. Recorda ainda que “é um projecto importante em termos ambientais”.
O engenheiro consultor de mobilidade neste projecto, alerta que, como resposta às necessidades de mobilidade dos cidadãos e, tendo em consideração que “a sustentabilidade é a responsabilidade de garantir a qualidade de vida”, o objectivo será por isso "inverter a actual prioridade dada aos carros e passá-la para as pessoas".
Na última década na Área Metropolitana de Lisboa, Mário Alves afirma que "a mobilidade tem aumentado e a acessibilidade descido", sendo "importante apostar mais na acessibilidade enquanto facilidade de acesso das pessoas aos locais e não tanto na mobilidade, que é apenas a quantidade de movimento das pessoas", pelo que a solução da criação desta rede de ciclovias assenta no ordenamento do território, na restrição automóvel e no investimento em transportes públicos e não-motorizados.
Para uma representante do Grupo de Mobilidade Sustentável da autarquia, a metodologia de aplicação do plano foi constituída “pensando a rede viária como suporte-base, os transportes públicos enquanto local de interface, equipamentos de partida e destino e ainda a estrutura verde do concelho, procurando também promover o centro histórico enquanto ponto turístico de fácil acesso”. “Os critérios de desenho tiveram em conta a inclusão na via, a funcionalidade, a segurança e conforto e a qualidade ambiental”.

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