06/12/2008

Linhas férreas desactivadas funcionam como ecopistas

A REFER ‘herdou’ da CP um conjunto de linhas sem exploração ferroviária que estão a ser aproveitadas para a construção de ecopistas. Quando o Plano Nacional estiver concluído, o Norte ficará com 362 quilómetros de ecopistas, o Centro com 128, Lisboa e Vale do Tejo com 11 e o Alentejo com 252.
O coordenador do Plano Nacional de Ecopistas e também técnico da Direcção do Património Imobiliário da REFER, que antes de ontem participou em Viseu no I Fórum Técnico Regional “Ecopistas, corredores verdes”, não fez previsões quanto à data de conclusão do plano, uma vez que envolve vários actores, mas mostrou-se satisfeito com a forma como este se tem desenvolvido.
Esclareceu ainda que o objectivo é “caminhar num processo paulatino”, que tem já oito anos de dedicação. “Espanha, por exemplo, está desde 1993 e também tem os seus problemas relativamente à consolidação. Eles têm 1.700 quilómetros mas partiram de uma base de mais de oito mil. Nós partimos de uma base mais modesta, que são mais de 750, mas temos 15% em funcionamento”, frisou.
Realçou de seguida os “excelentes exemplos de boas práticas de Norte a Sul” de Espanha, “com grande êxito e importância para o desenvolvimento local de determinadas aldeias que, sem a requalificação destes antigos canais, continuariam fora do mapa turístico a nível europeu e do turismo interno espanhol”.
Em Portugal, “temos praticamente a 80% realizados os estudos prévios de projecto paisagístico para todas as linhas, exceptuando Pocinho - Barca d’Alva e o ramal de Moura no Alentejo”, frisou. Estes estudos prévios “são depois seguidos numa lógica intermunicipal”, estando a REFER a tentar que, por via do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) “os municípios possam usufruir de financiamento recuperar este tipo de infra-estrutura”.
Espera-se, finalmente, que estes corredores verdes possam integrar novos produtos turísticos, “cobrindo nichos de mercado existentes a nível europeu e mundial, de pessoas que procuram este tipo de turismo”.

Ver Lusa doc. nº 9036915, 21/11/2008 - 18:37

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