30/12/2008

Edifícios não cumprem novas regras de eficiência energética

A grande maioria dos edifícios de habitação existentes actualmente em Portugal não cumpre as normas de eficiência energética, que vão passar a ser exigidas já no próximo dia 1 de Janeiro.
Essas novas normas de certificação energética já estão em vigor para edifícios novos desde o passado mês de Julho. Mas a partir do início do próximo ano afectarão todos os edifícios ou fracções que sejam transaccionados entretanto, quer por via da compra e venda, quer do arrendamento. Em causa está um negócio que, só no primeiro ano, poderá atingir os 40 milhões de euros.
Existem já algumas empresas preparadas para fazer a certificação energética, mas muitos ainda se retraem em relação aos próximos passos a dar. O preço, por exemplo, é uma variável a considerar. Segundo fontes do mercado, um T3 poderá custar, em termos de certificação energética, cerca de 250 euros, entre o preço a pagar aos peritos e a taxa que entra nos cofres da ADENE, a entidade pública, ligada ao Ministério da Economia, que detém os poderes para aplicar as novas normas.
Se o nível de transacções anuais andar perto dos 150 mil fogos, uma certificação de 250 euros permitiria ao mercado negociar, só por esta via, cerca de 37,5 milhões no primeiro ano. Mas esta não será uma actividade constante. É que a certificação inicial vale por dez anos, pelo que o primeiro período em que a lei vigorar será mais forte em termos de encaixe. Um edifício pode ser transaccionado três, quatro ou cinco vezes nesse prazo que a mesma certificação continua válida.
As ‘boas notícias’ é que os proprietários de casas usadas que não atingirem esse nível, no momento da transacção, não terão que efectuar quaisquer obras para melhorar as suas propriedades, nos termos expostos. Todavia, os técnicos de certificação são obrigados a informar o que é que está mal, após a peritagem efectuada, e a indicar vias possíveis para melhorar a eficiência energética do edifício em causa.
Os defensores da medida pensam que, no futuro, as pessoas interessadas em comprar uma fracção ou imóvel vão passar a olhar mais para os certificados de eficiência energética, e certamente um imóvel que atingiu a classificação de ‘A’ será mais valorizado.
Entretanto, eis um novo mercado de milhões de euros que nasce à sombra da sempre politicamente correcta ‘qualidade ambiental’.

Ver
http://dn.sapo.pt/2008/12/26/dnbolsa/edificios_cumprem_novas_regras_efici.html

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