15/12/2008

Pacote do Governo é subserviente, atrasado e coxo

O plano de resposta à crise económica, aprovado pelo Conselho de Ministros extraordinário e apresentado sábado pelo Governo, prevê 29 medidas para incentivar o investimento e o emprego, através do apoio às empresas e à actividade económica.
De imediato, “Os Verdes” classificaram de “subserviente, atrasado e coxo” o pacote de ajuda às empresas para combater a crise.
Em reacção ao pacote apresentado pelo Governo, o Partido Ecologista considerou “preocupante que há curtos dias”, em sede de aprovação do Orçamento de Estado, o Governo tenha recusado propostas de grupos parlamentares para tomar algumas medidas que agora apresentou neste pacote financeiro, como por exemplo o aumento do défice para 3%.
“Isto significa que o Governo esteve à espera da União Europeia, mostrando a sua total subserviência, em vez de tomar medidas imediatas e atempadas, em sede própria, como o Orçamento de Estado, para enfrentar os problemas do país”. “Os Verdes” disseram por isso lamentar que o Governo mostre “constantemente que está primeiro que tudo ao serviço” da União Europeia, quando devia estar ao serviço de Portugal.
O “convite” do Governo ao endividamento das empresas, que consta do pacote de medidas, é uma medida “completamente coxa”, segundo “Os Verdes”, dado que o Governo “não toma outra medida imprescindível” que é a da baixa do IVA e a do aumento salarial adequado ao aumento real do poder de compra, para pôr as pessoas a dinamizar internamente a economia.
“Como é que as empresas depois vão ter capacidade de escoar os seus produtos, quando as exportações estão em baixa e quando as pessoas não conseguem ser agentes de uma dinâmica económica interna, porque não têm poder de compra”, questionaram os deputados do Partido Ecologista.

Ver Lusa doc. nº 9115696, 14/12/2008 - 13:33

Sem comentários: