12/12/2008

Arquitectos alertam para falhas na nova ponte

A Ordem dos Arquitectos defende que o projecto da Terceira Travessia do Tejo - que esteve em consulta pública até 3ª fª - pode causar “graves prejuízos” à cidade de Lisboa se avançar tal como foi apresentado.
A futura ponte Chelas-Barreiro (TTT), com início de construção previsto para 2009, prevê duas torres mais altas que as da ponte 25 de Abril (198 metros) e um tabuleiro com 67 metros de altura, sendo a primeira travessia sobre o Tejo em regime democrático a implantar-se sobre áreas urbanas consolidadas da cidade.
No parecer que entregou à Agência Portuguesa do Ambiente, a Ordem considera que o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projecto não tem em conta “as implicações sobre o espaço público urbano edificado. Considerando que as duas amarrações da travessia, e consequentes acessos para rodovia, ferrovia convencional e ferrovia de alta velocidade, se implantam em áreas urbanas consolidadas, não se encontra neste EIA forma de ponderação dos efeitos da Terceira Travessia do Tejo sobre condições específicas de meios urbanizados”, lê-se no texto do parecer.
Entre as falhas apontadas ao EIA está o facto de o trabalho não avaliar a transformação da Avenida do Santo Condestável, em Chelas, numa via rápida e “ignorar as implicações que os pilares da ponte e os viadutos de acesso terão na frente ribeirinha”.
O parecer assinala ainda que “não é apresentado qualquer estudo sobre o efeito directo do acréscimo do número de veículos em áreas em si já bastante congestionadas, como a Praça do Areeiro e a Rotunda de Entrecampos”, lugares onde acaba por desembocar grande parte do tráfego rodoviário da nova ponte. Considera ainda que o projecto “não salvaguarda o património edificado”.

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http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=1057978

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