03/12/2008

Consumidores reduzem consumo de peixe e carne

O bife de vaca está a ser substituído pelo de frango e de peru. Em vez de garoupa, come-se carapau. E os produtos em fim do prazo a metade do preço já têm clientes certos. Tudo para enfrentar a crise.
Procura-se a fruta mais pequena, as promoções e os produtos de marca branca, toma-se o pequeno-almoço em casa ou leva-se lancheira para o trabalho. E assim os portugueses alteram os hábitos alimentares para fazer face à crise.
Os comerciantes confirmam que se “verifica uma alteração nos tipos de produtos consumidos, procurando-se alimentos mais baratos (frango em vez de vaca, por exemplo), e assiste-se a um desvio de certos bens de consumo para marcas próprias”, sintetiza um representante da Confederação do Comércio Português.
Num mercado municipal, explica-se que há sempre uma parcela de clientes fiéis e outros que procuram as promoções. E as bancas com saldos são as de maior frequência, embora praticamente todos os comerciantes se queixem da falta de clientes.
“A nossa fruta é um pouco seleccionada, por isso, temos preços mais caros e sentimos uma quebra de mais de 30%. Há clientes que continuam a comprar, mas outros perguntam se não temos fruta mais barata”. As peixeiras registam uma diminuição de vendas ainda mais elevada, pois “já não há dias bons”, lamentam.
O talho é o lugar onde as pessoas mais tentam defender-se, substituindo as variedades caras por outras mais acessíveis. “"As pessoas viram-se para as aves e tivemos um aumento de 20% no consumo destas carnes. As vendas de porco mantêm-se e as que diminuíram foram as de vaca. O que se vende menos é o bife de lombo”.
Nos cafés não se queixam da falta de frequência, contudo os empregados mais antigos observa que “antigamente, as pessoas tomavam mais o pequeno-almoço. Agora temos mais almoços e as pessoas defendem-se com as meias doses”. É a crise a bater à porta das famílias.

Ver
http://dn.sapo.pt/2008/12/02/sociedade/consumidores_cortam_peixe_e_carne_va.html

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