21/12/2008

Trabalhadores da limpeza urbana suspendem greve

Os trabalhadores da Divisão de Higiene Urbana da CML tinham marcado um pré-aviso de greve para os dias 26, 27 e 28 de Dezembro. Mas no final desta semana, a maioria dos trabalhadores da limpeza urbana decidiram não avançar com a greve marcada para o final do mês depois de o presidente da CML ter garantido não avançar com a privatização dos serviços
No plenário, que decorreu no Mercado da Ribeira, e onde estiveram presentes centenas de trabalhadores, a decisão foi unânime, sem votos contra nem abstenções. “Depois de uma discussão muito responsável (...), os trabalhadores mostraram aqui um grande espírito de missão e face àquilo que foram as garantias já dadas pelo presidente da Câmara, nós não vemos razão para manter o pré-aviso de greve”, adiantou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).
Dos dois plenários já realizados, o de 6ª fª de manhã e o de 5ª fª à noite, cerca de 700 trabalhadores votaram pela suspensão da greve, faltando apenas ouvir a posição dos perto de 300 condutores de máquinas pesadas.
“Os cantoneiros de limpeza por unanimidade ratificaram a retirada do pré-aviso, como há outro sector profissional envolvido, depois do plenário da madrugada de domingo tomaremos a decisão, mas creio muito honestamente que não irá ser diferente do sentido já apontado”.
O coordenador do STML recordou que da reunião de com o presidente da autarquia a CML comprometeu-se em “«não avançar para votação em sessão de Câmara nenhum processo de concessão ou adjudicação de nenhuma área de limpeza sem a apresentação desse estudo aos sindicatos (...) e com a possibilidade de os sindicatos em 60 dias se pronunciarem sobre o mesmo”.
Por outro lado, “há também o compromisso significativo” da parte da autarquia lisboeta de “colocar mais homens e melhorar as condições de trabalho e os meios materiais do departamento de Higiene Urbana”.
Recorda-se que os sindicatos têm vindo a exigir, para além da suspensão do processo de privatização da limpeza da cidade, o reforço do quadro de cantoneiros com 200 novos trabalhadores até ao final de 2009. Estas reivindicações motivaram uma greve de quatro dias, realizada na semana passada, com cerca de 90% de adesão.

Ver
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=120589

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