22/12/2008

O negócio da expansão do terminal de contentores

O prolongamento do prazo de concessão do maior terminal de contentores no porto de Lisboa até 2042, assinado entre a administração portuária e uma empresa do grupo Mota-Engil - a Liscont - e defendido pelo Governo, sem concurso público, é fortemente criticado, até pelo presidente do conselho fiscal do porto de Lisboa, que duvida da constitucionalidade do contrato pelo qual a administração portuária estendeu até 2042 a concessão do terminal de contentores de Alcântara.
O Decreto-lei, que estabelece as bases do negócio, foi publicado em Diário da República, em Setembro passado. Mas os especialistas levantam dúvidas sobre o projecto de expansão do terminal de contentores e as obras ferroviárias para o nó de Alcântara Em questão está o aumento da capacidade anual do terminal de Alcântara para 900 mil a um milhão de TEU (contentores de 20 pés, medida padrão utilizada no sector).

A Mota-Engil é a maior e mais importante empresa do ramo da construção civil e obras públicas em Portugal, detendo uma liderança ainda mais evidente e incontestada no complexo e diversificado ramo da operação logística.
Mais do que ser a maior empresa de construção em Portugal, o grupo nortenho também é o principal operador de infra-estruturas logísticas, integrando nelas as actividades portuárias e o transporte ferroviário de mercadorias. A presença é esmagadora no sector portuário, onde as empresas do grupo asseguram mais de 70% da carga contentorizada movimentada nos portos portugueses.
É também uma das principais accionistas do consórcio que se propõe a construir a maior plataforma logística do país, na área do Poceirão. Concorreu ao TGV, tem consórcio criado para concorrer ao novo aeroporto e, no caso da terceira travessia do Tejo, o grupo é ainda o principal accionista da Lusoponte.

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