Os produtos descartáveis, que, em princípio, foram criados para facilitar a vida ao ser humano, têm no reverso da medalha o maior problema: são deitados fora facilmente, o que muito contribui para o aumento do lixo no planeta: produzimos 1.300 milhões de toneladas/ano.
Fraldas descartáveis, fotocopiadoras, lâminas para usar e deitar fora. Estas simples invenções vieram facilitar muito a vida das pessoas, é um facto. Mas esta melhoria de vida dos humanos é bastante prejudicial ao planeta.
Nos EUA, gastam-se 27 mil milhões de fraldas descartáveis por ano (o que representa quatro milhões de toneladas a mais de lixo nos aterros norte-americanos), no Reino Unido 2,5 mil milhões das mesmas. Os japoneses enviam para o lixo, anualmente, 30 milhões de máquinas fotográficas descartáveis e os norte-americanos usam 2,7 mil milhões de pilhas e baterias a cada 12 meses.
Uma das invenções que mais tem facilitado a vida do homem é a lâmina de barbear descartável, criada em 1895. Em 1915, já tinha vendido 70 milhões de lâminas e na Primeira Guerra Mundial abasteceu todo o Exército norte-americano com a sua invenção. Antes tinha de se amolar a navalha de cada vez que um homem precisava de desfazer a barba. Actualmente, vende-se só nos EUA, a cada ano, 183 milhões de lâminas de barbear descartáveis.
Corria o ano de 1907 quando foram inventadas as primeiras folhas de papel absorvente e, acidentalmente, uma máquina produziu uma remessa de papel que era demasiado grossa para servir como papel higiénico. A facilidade com que se limpa e deita fora (ao contrário das toalhas de pano que tinham de ser lavadas e secadas antes de se reutilizar) fizeram dele um sucesso.
Em 1943 foi inventada a lata de aerossol. Além dos danos que provoca ao aumentar a pilha de lixo mundial, foi também uma das principais causadoras do buraco da camada do ozono, por conterem clorofluorcarbonetos (CFC). Inicialmente foi desenvolvida para facilitar aos soldados americanos o transporte do vírus da malária, sendo depois adaptada para conter outro tipo de produtos gasosos como lacas ou sprays para moscas.
Em 1949, uma conhecida empresa apresentou as primeiras fraldas descartáveis. Uma inovação que veio substituir as fraldas de pano, que necessitavam de ser lavadas e postas a secar. Feitas de plástico e algodão, são gastas nos EUA 27 mil milhões de unidades todos os anos que vão para o lixo, onde demoram 450 anos a se decomporem, razão pela qual já há movimentos que apelam ao retorno às fraldas de pano.
Por seu turno, as latas de bebidas, vendidas aos biliões em todo o mundo, contribuem para o bolo de 730 milhões de toneladas de lixo que o nosso planeta produz anualmente. Criadas para substituir as garrafas de vidro, foram desenvolvidas em 1963 tornando-se um sucesso, pela sua fácil arrumação, fácil abertura e de produção barata.
O mais recente dispositivo posto ao serviço do homem é o telemóvel descartável patenteado em 1999. Do tamanho de um cartão é vendido com um valor em chamadas. Não tem ecrã, é de baixo custo mas aumentará a produção mundial de lixo que vai já em 1300 milhões de toneladas por ano.
Com o ‘usar e rapidamente deitar fora’ estes objectos, apenas o sector produtivo e os circuitos de comercialização ficam a ganhar. Quem fica a perder são os ‘criminosos’ do costume: os consumidores e o ambiente.
Fraldas descartáveis, fotocopiadoras, lâminas para usar e deitar fora. Estas simples invenções vieram facilitar muito a vida das pessoas, é um facto. Mas esta melhoria de vida dos humanos é bastante prejudicial ao planeta.
Nos EUA, gastam-se 27 mil milhões de fraldas descartáveis por ano (o que representa quatro milhões de toneladas a mais de lixo nos aterros norte-americanos), no Reino Unido 2,5 mil milhões das mesmas. Os japoneses enviam para o lixo, anualmente, 30 milhões de máquinas fotográficas descartáveis e os norte-americanos usam 2,7 mil milhões de pilhas e baterias a cada 12 meses.
Uma das invenções que mais tem facilitado a vida do homem é a lâmina de barbear descartável, criada em 1895. Em 1915, já tinha vendido 70 milhões de lâminas e na Primeira Guerra Mundial abasteceu todo o Exército norte-americano com a sua invenção. Antes tinha de se amolar a navalha de cada vez que um homem precisava de desfazer a barba. Actualmente, vende-se só nos EUA, a cada ano, 183 milhões de lâminas de barbear descartáveis.
Corria o ano de 1907 quando foram inventadas as primeiras folhas de papel absorvente e, acidentalmente, uma máquina produziu uma remessa de papel que era demasiado grossa para servir como papel higiénico. A facilidade com que se limpa e deita fora (ao contrário das toalhas de pano que tinham de ser lavadas e secadas antes de se reutilizar) fizeram dele um sucesso.
Em 1943 foi inventada a lata de aerossol. Além dos danos que provoca ao aumentar a pilha de lixo mundial, foi também uma das principais causadoras do buraco da camada do ozono, por conterem clorofluorcarbonetos (CFC). Inicialmente foi desenvolvida para facilitar aos soldados americanos o transporte do vírus da malária, sendo depois adaptada para conter outro tipo de produtos gasosos como lacas ou sprays para moscas.
Em 1949, uma conhecida empresa apresentou as primeiras fraldas descartáveis. Uma inovação que veio substituir as fraldas de pano, que necessitavam de ser lavadas e postas a secar. Feitas de plástico e algodão, são gastas nos EUA 27 mil milhões de unidades todos os anos que vão para o lixo, onde demoram 450 anos a se decomporem, razão pela qual já há movimentos que apelam ao retorno às fraldas de pano.
Por seu turno, as latas de bebidas, vendidas aos biliões em todo o mundo, contribuem para o bolo de 730 milhões de toneladas de lixo que o nosso planeta produz anualmente. Criadas para substituir as garrafas de vidro, foram desenvolvidas em 1963 tornando-se um sucesso, pela sua fácil arrumação, fácil abertura e de produção barata.
O mais recente dispositivo posto ao serviço do homem é o telemóvel descartável patenteado em 1999. Do tamanho de um cartão é vendido com um valor em chamadas. Não tem ecrã, é de baixo custo mas aumentará a produção mundial de lixo que vai já em 1300 milhões de toneladas por ano.
Com o ‘usar e rapidamente deitar fora’ estes objectos, apenas o sector produtivo e os circuitos de comercialização ficam a ganhar. Quem fica a perder são os ‘criminosos’ do costume: os consumidores e o ambiente.
Ver http://dn.sapo.pt/2008/12/21/sociedade/toneladas_lixo_uma_vida_mais_facil.html
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