31/12/2008

Destino verde para as caixas de remédios

As 638 toneladas de resíduos de embalagens e medicamentos fora de uso produzidas em Portugal vão ter um destino mais amigo do ambiente. Com a assinatura de um protocolo entre duas sociedades de gestão destes resíduos, os desperdícios vão passar por uma triagem para permitir a separação dos vários componentes das embalagens - papel, cartão, vidro, plástico, alumínio - que podem depois ser enviados para a reciclagem.
Desde Novembro que nenhuma embalagem é incinerada, estando a ser armazenados todos os resíduos recolhidos para se proceder à sua separação e posterior reciclagem, nas condições agora acordadas.
Agora, de acordo com afirmações do director-geral de uma daquelas empresas, “espera-se que a população continue a entregar as embalagens nas farmácias, com ou sem medicamentos fora de uso, para que lhe seja dado um tratamento ambiental adequado e, assim, todos contribuamos para um ambiente melhor”.
Sendo o medicamento um resíduo químico, é de máxima importância o seu destino, pois são mais nocivos para o ambiente. Todos os medicamentos são, então, incinerados para impedir a contaminação dos solos - caso sejam despejados em aterros - ou a sua reutilização. Antes da assinatura deste protocolo, tanto o conteúdo como a embalagem estavam destinados a serem queimados. Agora as embalagens terão um destino diferente, sendo recicladas.
Embora o sector do medicamento represente ainda apenas 0,5% dos resíduos sólidos urbanos, este projecto justifica--se em termos de saúde pública e ambiental. Por isso são exigidos cuidados especiais na manipulação dos medicamentos.
Os resíduos são recolhidos em contentores, com a capacidade de cinco quilos, devidamente identificados e invioláveis. Depois são destinados à valorização energética, ou seja, através do sistema de incineração, os resíduos contribuem para a produção de energia, não sendo um simples sistema de eliminação de resíduos.
Face à especificidade dos resíduos de medicamentos, esta triagem irá ser feita em condições que permitam o adequado controlo e monitorização do material recolhido. Os funcionários também deverão trabalhar com todas as condições de higiene e segurança.

Ver
http://dn.sapo.pt/2008/12/28/sociedade/destino_verde_para_caixas_remedios.html

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